O Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, anunciou nesta quarta-feira (15) que os pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Matérias (CNPEM) descobriram em testes laboratoriais um medicamento que reduz em 94% a carga viral.

O fármaco apresenta poucos efeitos colaterais, e, apesar de não ter sido divulgado seu nome, o medicamento é de fácil acesso nas farmácias, de custo baixo e pode ser usado por crianças.

Ao todo, 500 pacientes serão submetidos a testes clínicos com o remédio, em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasilia.

Em 14 dias já terão feito a administração do medicamento e observada a reação do vírus, o estado geral dos pacientes e os efeitos colaterais.

Os pesquisadores do CNPEM, que fica na região de Campinas, realizaram testes com mais de 2000 medicamentos conhecidos e de fácil acesso. Montaram uma força tarefa com 40 cientistas do LNBio, Laboratório Nacional de Biociências, que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.

Usou-se uma estratégia de pesquisa chamada reposicionamento de fármacos, na qual se testam medicamentos já conhecidos para tratar outras doenças através de técnicas de biologia molecular e estrutural, inteligência artificial e literatura científica.

Além dos medicamentos para combater o coronavírus, os pesquisadores fazem pesquisas para criar uma vacina contra o vírus.

Outros tratamentos

No Brasil, foi liberado recentemente o uso da cloroquina no tratamento de infectados pela covid-19, o medicamento é usado para tratar malária e doenças reumáticas. Apesar dos pacientes tratados com cloroquina terem tido uma boa resposta, os efeitos colaterais do medicamento podem ser graves.

O Hospital Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanês e a Universidade de São Paulo (USP), formaram um consórcio e começarão a realizar testes usando plasma do sangue de pacientes recuperados do coronavírus.

Os testes serão testados pacientes em estado grave.

O estudo ainda está em fase inicial, porém, estão otimistas de que está plasma, que é a parte líquida do sangue e possui anticorpos e proteínas, ajude a diminuir os sintomas em pacientes graves internados, permitindo que se recupere mais rápido. Os primeiro resultados podem sair em menos de dois meses.