Debra Paget nasceu Debralee Griffin, em 19 de agosto de 1933. Sua mãe, Dorothy Griffin havia sido uma atriz de vaudeville, e em 1930 mudou-se para Los Angeles, na esperança de que os filhos tivessem uma carreira artística mais bem sucedida que a sua, e conseguissem seu "lugar ao sol" nas telas de cinema.
Aos 08 anos Debra já trabalhava no teatro, e aos 11 começou a estudar na Hollywood Professional School. Aos 14 anos estreou no cinema, no filme "Uma Vida Marcada" (Cry of the City, 1948), ao lado de Victor Mature.
Debra Paget e Richard Conte em Uma Vida Marcada (Cry of the City, 1948). pic.twitter.com/uYjGHO7fdC
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Após atuar em alguns filmes, assinou contrato com a 20th Century-Fox, que a lançou como estrela em Flechas de Fogo (Broken Arrow, 1950), co-estrelado por James Stewart.
Seus olhos claros foram cobertos com lentes escuras para interpretar uma mulher exótica nativa em Ave do Paraíso (Bird of Paradise, 1951), algo que seria recorrente em sua carreira, embora em 1953 tenha usado uma peruca loira para disputar o papel de Sheena, a Rainha das Selvas (Sheena: Queen of the Jungle, 1953). Anitta Ekberg também disputou a personagem, mas ambas perderam para a atriz Irish McCalla.
Na Fox, atou com destaque em Príncipe Valente (Prince Valiant, 1954) e em A Princesa do Nilo (Princess of the Nile, 1954), ao lado do ator Jeffrey Hunter. A Princesa do Nilo fez um grande sucesso, e Paget tornou-se a segunda estrela que mais recebia cartas do estúdio, perdendo apenas para Marilyn Monroe.
Debra Paget em A Princesa do Nilo (Princess of the Nile, 1954). pic.twitter.com/ammqzy7FEX
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No ano seguinte, ela rompeu com a Fox e rebelou-se contra o sistema de contratos, que prendiam os atores às vontades dos estúdios. Na Paramount, ela voltou a fazer uma nativa no filme A Lei do Bravo (White Feather, 1955).
Na MGM também faria uma índia em A Última Caçada (The Last Hunt, 1956), substituindo a atriz Anne Bancroft, que deixará o papel.
Cecil B. DeMille a contratou para viver Lilia na mega produção Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments, 1956). Neste mesmo ano, atuou em Ama-me com Ternura (Love me Tender, 1956), filme de estreia do cantor Elvis Presley.
Debra Paget e John Derek em Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments, 1956). pic.twitter.com/BtmHiABc7w
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Debra não foi só a primeira mocinha a conquistar Elvis no cinema, como também conquistou o "rei do rock" na vida real. Ele apaixonou-se pela bela jovem e a pediu em casamento. E ela disse "NÃO!". Elvis chegou a procurar a mãe da jovem para pedir que ela a convencesse a aceitar seu pedido, mas a atriz estava irredutível.
Elvis Presley e Debra Paget em Ama-me com Ternura (Love me Tender, 1956). pic.twitter.com/A4RRR4hMj5
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Elvis pedindo a mão de Debra Paget para sua mãe. pic.twitter.com/74nSN3iaJV
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Dois anos depois a atriz diria sim ao ator e cantor David Street, com quem se casou em janeiro de 1958 (embora só tenham ficado quatro meses casados).
Ela continuaria atuando, geralmente em filmes épicos ou de aventuras, como Demetrius, O Gladiador (Demetrius and the Gladiators, 1954), As Aventuras de Omar Khayyam (Omar Khayyam, 1957) e O Tigre da Índia (Der Tiger von Eschnapur, 1959), este último uma produção européia.
Casamento de Debra Paget e David Street. pic.twitter.com/7iJVp4cFVD
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Com o fim do sistema dos estúdios no final da década de 50, muitos artistas se viram desempregados, e migraram para a Europa para trabalhar em produções menores, geralmente de pouco destaque. Debra também foi procurar emprego no velho mundo, e lá estrelou O Sepulcro Indiano (Das indische Grabmal, 1959), uma super produção dirigida por Fritz Lang.
Debra dançando em 'O Sepulcro Indiano'
Ela ainda faria outros filmes na Europa, mas sem repetir o mesmo sucesso, atuando em produções como O Sepulcro dos Reis (Il sepolcro dei re, 1960) e A Jornada Para a Cidade Perdida (Journey to the Lost City, 1960). Ela voltou para à América, onde se casou com o diretor Budd Boetticher, de quem se separou pouco tempo depois.
Debra Paget começou a fazer participações em séries de televisão, e seu último filme foi O Castelo Assombrado (The Haunted Palace, 1963). Seu último trabalho foi na série A Lei de Burke (Burke's Law), em 1965.
Em 1962, ela havia se casado com um empresário chinês Ling-chieh K'ung, executivo de uma empresa de petróleo nos Estados Unidos.
Após o nascimento de seu primeiro (e único filho), ela deixou a vida artística.
Na década de oitenta, Debra Paget tornou-se uma cristã nova, e passou a pregar a palavra em sua igreja. Atualmente, é constantemente convidada como comentarista do canal de televisão TBN, dedicado a religião.
Debra Paget atualmente. pic.twitter.com/9DHarW8foN
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Debra Paget e a equipe da TBN. pic.twitter.com/lIaqBNQkzK
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Debra Paget e sua irmã, a atriz Lisa Gaye. pic.twitter.com/VQ5OO1rx8O
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A atriz Teala Loring. pic.twitter.com/uuvHMS230a
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Debra Paget é irmã das atrizes Lisa Gaye e Teeala Loring, e do ator Frank Griffin, que hoje trabalha como maquiador.
Lisa Gaye no filme Ao Balanço das Horas (Rock Around the Clock, 1956)
Debra Paget. pic.twitter.com/lmT0wbX6C6
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