A Viagem de Chihiro (Spirited Away) é um filme japonês de 2001 do Studio Ghibli. A animação ganhou vários prêmios, como o Urso de Ouro no Festival de Berlim, em 2002, e o Oscar de Melhor Animação, em 2003.
O filme é de Hayao Miyazaki, dito por muitos o melhor animador do Japão e um dos melhores do mundo. Ele também é um dos fundadores do Studio Ghibli, responsável por 10 dos 21 Filmes do estúdio.
O longa conta a história de Chihiro, uma garota que está se mudando para uma nova cidade com seus pais e que não está gostando nada disso. Em meio à viagem, eles percebem que estão perdidos e terminam encontrando um túnel.
Ao atravessar esse túnel se deparam com um lugar totalmente deserto, que o pai acredita ser um antigo parque.
Explorando o lugar, a família encontra casas cheias de comida, os pais famintos, decidem comer lá, enquanto Chihiro segue explorando o lugar. A partir daí, começa a aventura nesse mundo fantástico criado por Miyazaki.
Cheio de metáforas e com muita coisa implícita, o filme é um baú de ensinamentos e mostra a jornada da jovem Chihiro em um mundo misterioso, jornada essa de amadurecimento e de aprendizado. Apesar de ser um filme extremamente belo, de uma delicadeza incrível, o que esse texto aborda pode mudar a visão de muitas pessoas sobre a animação.
O símbolo na entrada da casa de banho no filme pode ser traduzido como "água quente".
Essas casas de banho se tornaram famosas entre homens em uma determinada época no Japão. Nesses estabelecimentos, as mulheres ajudavam os homens no banho e também se prostituíam, resumindo eram bordeis.
Entrada casa de banho em A Viagem de Chihiro pic.twitter.com/CIRZzspLFA
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Inclusive, as mulheres que dirigiam esses lugares eram chamadas de "yubaba", que significa algo como "velha da água quente" e é o nome da senhora que comanda a casa de banho no filme.
Yubaba pic.twitter.com/FMKVUN8KcU
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Chihiro foi obrigada a mudar de nome pela Yubaba, virando Sen. Isso acontece do mesmo modo que qualquer prostituta faz quando começa a trabalhar em um bordel. A par desses fatos, se percebe que Miyazaki, com mais uma de suas metáforas, fez uma crítica à indústria do sexo e a prostituição infantil, que é um problema mundial.
No filme existem várias outras metáforas, como a ânsia consumista, representada pelos pais de Chihiro virando porcos, e a ganância de Yubaba e dos funcionários da casa de banho. Por trás de toda a beleza da história, existe muito a se prestar atenção.
Os pais de Chihiro pic.twitter.com/PfEnkpbgOw
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Para quem ainda não sabia disso, assistir A Viagem de Chihiro, vendo por essa nova ótica, pode ser uma boa ideia. E caso tenha interesse em assistir mais animações japonesas, você pode ver essa lista com os 20 melhores filmes de anime.