A sabedoria popular universal cunhou várias frases para transmitir a ideia de que os filhos tendem a ser como os pais, desde o "filho de peixinho, peixinho é" ao "a maçã nunca cai longe da árvore" do mundo de língua inglesa. A sabedoria popular parece ter feito outro ponto segundo a ciência estatística.
Uma pesquisa realizada pelo portal americano The Huffington Post, apontou, entre outras coisas, que mulheres que traem seus maridos costumam ter mães que faziam o mesmo com seus pais. Aparentemente, o choque e a angústia de descobrir que a mãe traía o pai não só não são o bastante para fazê-la evitar a traição em seu próprio casamento, como até servem de estímulo para o comportamento condenado.
Segundo a pesquisa, 71% das mulheres que traem seus maridos responderam que suas mães também traíam seus cônjuges. É difícil ter certeza de que mecanismo está em ação no caso - como dizem os gringos "nature or nurture?" ("natureza ou criação?", em português), apontando duas origens para um comportamento, herança genética recebida dos parentes ou a influência das pessoas à volta, especialmente no seio da família durante a infância, mas 66% das mulheres que responderam à pesquisa afirmaram que se sentiam como se as traições da mãe lhe dessem direito a trair também. Quase oito em cada dez das pesquisadas (78% delas para ser preciso) responderam que acreditam que as mães entenderiam suas infidelidades.
Interessantemente, quase nove em cada dez (86%) disseram que parariam de ter casos extraconjugais se o pai pedisse.
Não que só as mulheres sejam influenciadas pelo comportamento de um dos pais embora elas pareçam ser mais - pouco menos da metade dos homens pesquisados disse que o pai também traía a mulher. E os sexos se encontram na reprovação em tese pelo menos da infidelidade conjugal.
Mais de oito em cada dez pesquisados e pesquisadas (83% no caso doa homens e 89% no caso das mulheres) admitiram que trair o cônjuge não é exatamente moral, para dizer o mínimo.
Christian Grant, porta-voz do site, disse que uma das conclusões mais interessantes da pesquisa levada a cabo pelo portal é que homens tendem a temer mais a repercussão de seus casos na família, especialmente com seus pais, independentemente do histórico de fidelidade dos seus genitores, do que as mulheres, que parecem encarar as traições maternas como uma permissão para fazer o mesmo. No caso delas, especialmente, disse ele, parece valer o ditado de língua inglesa "macaquinho vê, macaquinho faz".