O traficante Pablo Escobar montou um cartel com diversos comparsas. Muitos de seus sicários ficaram conhecidos na época por seus feitos, mas o seu braço direito sempre foi o seu primo-irmão Gustavo de Jesus Gavíria Rivero. Ambos cresceram juntos e eram inseparáveis desde a infância, sendo o único comparsa em quem Escobar realmente confiava. Sendo assim, não se pode dizer que o império foi criado apenas por Escobar, pois Rivero também fez muito pelo seu crescimento.
O primo cuidava da parte financeira e da exportação da cocaína do Cartel de Medellín e chegou a ser o 6º homem mais procurado da #Colômbia. Inseparáveis, Pablo não tomava nenhuma decisão sem consultar seu sócio, que chegou a arrecadar uma fortuna quase tão grande quanto a do “Patrón”.
Quando pequenos, suas famílias eram de classe média e os dois frequentaram o colégio, onde tiravam notas medianas. A notícia de que largariam os estudos e se tornariam criminosos foi uma surpresa para todos. Eles iniciaram seus crimes roubando lápides de cemitérios, pneus e carros e, depois, pediam resgate. Logo estavam adicionando pessoas a lista dos sequestros.
Eles construíram tudo juntos e chegaram até a serem presos ao mesmo tempo. Sempre trabalharam lado a lado, cada um com suas especialidades. Pablo se destacou mais por conta de seu carisma, enquanto Gustavo era mais contido.
O primeiro era mais violento, agia muito pela emoção, enquanto o outro entendia melhor de negócios e mantinha o controle sobre as contas. Quando Escobar decidiu que seria presidente, ele largou os negócios pela campanha e Rivero ficou tomando conta dos negócios. Pablo e Gustavo apreciavam corridas de carro e chegaram a competir na Copa Renault (a qual apelidaram carinhosamente de Coca Renault, pela quantidade de traficantes que participaram). Pablo foi barrado no exame médico e impedido de correr, porém, após subornar o médico, acabou a corrida em 4º lugar.
A morte de seu primo-irmão deixou Pablo Escobar desolado e “El Patrón” culpou o governo de Cesar Gavíria pelo ocorrido. Um novo governo havia tomado posse há apenas 5 dias, e acredita-se que ele tenha começado uma defensiva pesada contra o narcotráfico logo em sua chegada.
Uma contraofensiva foi feita por parte de Escobar para vingar o primo e, de início, desestabilizou o governo colombiano. Especialistas afirmam que Gustavo Gavíria foi morto pelas forças de segurança da Colômbia, que interceptaram seus meios de comunicação e descobriram seu paradeiro.
Contudo, sua morte ainda levanta suspeitas, pois pouco se sabe ao certo do ocorrido. Ele vivia em um local blindado, cercado por câmeras de segurança e por um grosso muro que cercava o terreno.
Para entrar, a polícia usou dinamites.
O narcotraficante Escobar, por estar foragido, não compareceu ao enterro do primo, porém ouviu a missa através de um rádio de comunicação que um comparsa levou consigo. Gustavo tinha 41 anos quando foi morto em 1990, três anos antes de Pablo.