Tem sido comum encontrar na internet diversos relatos de pessoas que possuem um medo incompreensível de buracos. Esse medo é real e o mais curioso dessa fobia é que as pessoas que a possuem chegam a ter um ataque de pânico por apenas observar uma imagem que exibe uma série desses buracos. O nome desse transtorno é tripofobia que, no sentido etimológico da palavra, significa medo de buracos.

Existe um site americano que trata desse assunto, é o Trypophobia.com. Segundo ele, a tripofobia consiste em um tipo estrando de fobia muitas vezes generalizado como um medo de padrões geométricos.

Mas esse transtorno está especificamente ligado a padrões criados pela natureza, como uma colmeia de abelha, um coral ou até os furinhos na areia deixados pelo mar.

A tripofobia não está listada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e muitos especialistas nessa área não acreditam nessa aversão por buracos. Entretanto, um estudo recente realizado na Universidade de Essex pelos cientistas Geoff Cole e Arnold Wilkins procurou explicar melhor as origens desse medo.

De acordo com o estudo, as pessoas tripofóbicas não têm medo dos buracos em si, mas sim da associação mental que elas fazem entre os buracos e a possibilidade de estarem em perigo. O Trypophobia.com serviu como base para os estudiosos chegarem a esta conclusão e segundo a página, as pessoas que possuem este transtorno sentem medo de agrupamentos de buracos em plantas, esponjas, sementes, corais, madeira, carne e até na pele.

Sintomas

As pessoas dotadas desta fobia podem sentir formigamentos, coceiras, tremedeiras e até enjoo ao ver as imagens com a sequência de buracos. O pânico por essas imagens pode causar o suor repentino, salivação intensa e aumento no ritmo cardíaco. A partir dessas informações, os cientistas analisaram as imagens disponíveis no site com o intuito de entender o que causaria o medo.

Para eles, as imagens expõem algumas características, mas não tem nenhum denominador comum responsável por desencadear a fobia nas pessoas.

Insatisfeitos com a primeira etapa da pesquisa, Cole e Wilkins reuniu voluntários que diziam sofrer do transtorno e apresentou uma série de imagens que caracterizam a fobia. Ao mostrar a foto de um polvo-de-anéis-azuis um dos voluntários afirmou que a imagem desencadeava seu medo.

Diante disso, os cientistas passaram a mostrar imagens de animais venenosos semelhantes às fotos do site e chegaram a uma conclusão satisfatória.

Segundo ele, os tripofóbicos sentem medo do perigo, pois o cérebro associa a imagem a algo perigoso e as pessoas com essa fobia apresentam, de forma inconsciente, as reações que muitas das vezes são incontroláveis.