Estigmatizadas e buscadas, desprezadas e desejadas, as garotas de programa marcam a história humana há, literalmente, milênios. A atividade possui um passado interessante, que se confunde com o desenvolvimento da humanidade, e um futuro que, certamente, será atingido pelas tendências mais amplas que já começam a sacudir o mercado de trabalho e reconfigurar as interações humanas. A seguir, estão mencionados alguns fatos sobre a evolução da prostituição e sobre suas possibilidades para o futuro, que a maior parte das pessoas desconhece.

1 - Nas brumas da história

A prática da prostituição é um fenômeno cuja origem, para usar um velho clichê, perde-se nas brumas da história.

Basta dizer que documentos da civilização Suméria datados do vigésimo quarto século antes de Cristo já as listam entre outros profissionais como médicos, escribas e cozinheiros. Talvez, a prostituição não mereça literalmente o eufemismo muito usado de "a profissão mais antiga", mas ela certamente chega perto disso.

2 – Algumas prostitutas eram mais iguais do que as outras

Na Inglaterra da Era Vitoriana, o fenômeno da prostituição era marcado por uma divisão de classes. Havias as prostitutas pertencentes às classes mais pobres da sociedade, que atendiam os clientes dos bordéis e eram obrigadas a aceitar quaisquer clientes que lhes fossem designados. Havia outras que eram mais independentes, encontravam os clientes nas ruas, atendiam-nos em suas próprias casas e podiam também rejeitar quem não quisessem.

Por fim, no topo dessa hierarquia, havia as garotas de programa que atendiam as classes mais abastadas, inclusive membros do Parlamento e nobres. Algumas delas até atendiam com exclusividade algum figurão.

3 - Exames obrigatórios

Ainda na Era Vitoriana inglesa, os jovens membros das forças armadas formavam um dos grupos mais numerosos a frequentar os bordéis.

Em 1862, uma comissão foi nomeada para examinar o problema da disseminação de doenças sexualmente transmissíveis nas forças armadas. Para diminuir o risco de contaminação dos militares, uma lei, Ato de Doenças Contagiosas determinava que, em cidades próximas de bases da Marinha ou cidades com forte presença do Exército, qualquer mulher - Garota de programa ou não - sobre a qual pesasse a suspeita de possuir uma doença venérea podia ser examinada medicamente.

Se confirmada a suspeita, a mulher podia ser confinada em um hospital.

4 - Mais ou menos ilegal

A lei japonesa proíbe a venda de serviços sexuais que envolvam penetração. Fora disso, o comércio é basicamente livre. Um exemplo mais ou menos respeitável de atividade permitida é o das mulheres, geralmente jovens e bonita, que são pagas para fazer companhia a homens e flertar com eles em clubes ou bares.

5 - Choque de futuro

Especialistas acreditam que a prostituição pode ser outra atividade humana a cair vítima dos avanços tecnológicos. Segundo eles, mulheres digitais logo alcançarão os níveis de "humanidade", realismo e interatividade necessários para satisfazer sexual e psicologicamente os clientes.