Como esquecer as aulas de História que tivemos na escola sobre o nazismo, o Holocausto e os horrores da Segunda Guerra Mundial?
Este período sombrio da História é marcado por episódios violentos, tristes e chocantes, sobre os quais frequentemente questionamos a que ponto pode chegar o ser humano em sua busca pelo poder.
Apesar de todos estudos que já foram feitos a respeito deste período histórico, muito do que sabemos a respeito do nazismo não é exatamente verdade. Alguns pontos foram controvertidos, enquanto outros se tornaram verdadeiras lendas urbanas, em grande parte em razão do medo que esta ideologia gerava nas pessoas.
Confira abaixo 8 mentiras sobre o nazismo - nas quais você sempre acreditou:
Hitler era judeu
Apesar do caráter irresistível desta mentira, que ironiza o ódio que Adolf Hitler sentia pelo povo judeu, não há nada capaz de embasá-la na realidade. Esta história teve início na descoberta de que a avó de Hitler era mãe solteira e, durante os julgamentos em Nuremberg, Hans Frank, ex-assessor de Hitler, afirmou que o pai do ditador era, na verdade, filho de um judeu. A avó de Hitler teria trabalhado como doméstica para este judeu na cidade de Graz, segundo a história de Hans. Em Graz, porém, não havia judeus, pois estes só puderam entrar na cidade em 1860, quando o pai de Adolf Hitler, Alois Hitler, já estava com 20 anos de idade.
Em 2010, um teste de DNA sugeria a ascendência semita de Hitler. Este porém foi muito contestado, já que os pesquisadores responsáveis pelo teste se recusaram a contar de onde haviam tirado o DNA para o procedimento.
A suástica como um símbolo do mal
A suástica não é um símbolo criado pelos nazistas, para começo de conversa, e sim, um símbolo universal, encontrado em templos na Grécia e Roma, na África Central e até mesmo entre os índios norte-americanos.
Também chamada de cruz gamada, o significado da suástica varia de povo para povo: para os greco-romanos, ela representa moinhos de água, e era usada como elemento decorativo. Você talvez já tenha ouvido que o sentido do desenhos altera seu significado: a suástica no sentido anti-horário ou horário representaria o mal. A suástica nazista, está sempre em sentido horário.
Em sânscrito porém, svastika (ou suástica) significa algo como ''existência da felicidade''.
Auschwitz era um campo de concentração
Vamos à definição do que seria um campo de concentração: campos de concentração eram locais onde eram mantidos prisioneiros políticos ou de guerra em massa. Os nazistas tinham sim campos de concentração, nos quais as condições de vida variavam muito e, em alguns, os prisioneiros eram inclusive muito bem tratados. Pode-se dizer que o objetivo dos campos de concentração não era matar, e aqueles que porventura morriam nestes campos eram apenas vítimas colaterais, enquanto que nos campos de extermínio, como era o caso de Auschwitz, Treblinka e Sobibor, o propósito principal de toda a estrutura era matar seus ''ocupantes'' assim que chegavam.
Portanto, Auschwitz era um campo de extermínio e não de concentração.
Alemães são ''arianos''
Uma das maiores mentiras nazistas. Arianos eram os invasores do Cáucaso, que conquistaram a Pérsia e a Índia há quase 4 mil anos. Alguns teóricos do século 19 especulam que os arianos teriam chegado também a Europa, já que lá se falam idiomas indo-europeus, semelhantes ao sânscrito, ao hindi e ao persa (incluindo o português). A migração do Cáucaso de fato ocorreu, ao que tudo indica, porém, na visão dos nazistas, apenas os arianos que migraram para o norte da Europa se mantiveram ''puros'', fazendo com que os alemães fossem mais ''arianos'' do que os povos que de fato tinham raízes arianas como os indianos e iranianos.
Nazistas e sua criação de um ''raça superior''
Aliais, não foram os nazistas que criaram a ideia de uma ''raça superior'', eles apenas a levaram ao extremismo. A ''eugenia'', que designava a proibição de casamentos entre alemães e judeus e permitia a execução de deficientes mentais, não nasceu na Alemanha. As primeiras leis de eugenia nasceram nos Estados Unidos, e eram defendidas por Winston Churchill, duas décadas antes do nascimento do nazismo.
O nazismo matou apenas judeus
O nazismo matou não apenas judeus, mas também integrantes de diversos outros grupos considerados pelos nazistas como responsáveis pela ''poluição genética'' e ''decadência moral'' na Alemanha. Eram deficientes físicos, mentais, ciganos, homossexuais, comunistas, maçons e até testemunhas de jeová.
Mais de cem mil gays foram presos e pelo menos dez mil foram executados. Os prisioneiros destes grupos usavam insígnias para identificação em se uniforme: gays usavam um triângulo rosa (símbolo do movimento gay antes da adoção do arco-íris) e judeus usavam uma estrela amarela.
Todos os alemães eram nazistas
Não havia nada que obrigasse as pessoas a se filiarem ao partido nazista, muito embora os afiliados tivessem vantagens. Erwin Rommel, o maior general da Alemanha nazista, não era filiado, e acabou forçado a se suicidar sob suspeita de conspirar para assassinar Hitler. Outros oficiais, como o almirante Canaris, boicotavam o regime nazista. Outros membros do partido eram adeptos da resistência passiva, como foi o caso de Oscar Schindler, cuja história é contado no filme A Lista de Schindler.
Um grupo estudantil, denominado Rosa Branca, realizou passeatas contra o nazismo mas ruas de Munique.
Ouro roubado dos nazistas
Os nazistas teriam, realmente, escondido muito ouro roubado, mas não enterrado na terra, como as pessoas acreditam, e sim em cofres na Suécia e na Suiça. Após a guerra, este ouro foi levado para os EUA e a URSS, com consentimento dos respectivos governos.