Não há quase ninguém no Mundo que não sinta nem que seja o mínimo de atração e curiosidade a respeito da cultura e da sociedade do Antigo Egito. Essa civilização, que embora já tenha sido alvo de todo tipo de estudos arqueológicos e antropológicos, segue sendo uma das mais enigmáticas civilizações que já passaram pelo nosso planeta.
Desde sua expressão artística característica, até a sua arquitetura bastante avançada para o período, esta antiga civilização deixou marcas importantes na História, sobretudo por jamais ter sido completamente desvendada em sua essência.
Caso você seja parte daqueles que jamais se cansam de ouvir um pouquinho mais sobre essa fascinante civilização, confira agora 8 fatos que você talvez ainda não saiba sobre o Antigo Egito.
1) Cabelos
Máscara de Tutancâmon. pic.twitter.com/uX59IkRnMl
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Um faraó nunca permitia que seu cabelo fosse visto. Para isso, usava uma espécie de touca ou turbante, chamado de nemes, aquele acessório que você constantemente vê nas estátuas egípcias e na máscara dourada de Tutancâmon (foto acima). E falando em cabelos, piolhos costumavam ser um problema no Antigo Egito, e por isso, a classe rica tinha o hábito de raspar os cabelos e usar perucas. Para os meninos, havia um penteado comum até os 12 anos de idade: a cabeça era inteiramente raspada, deixando apenas uma mecha no centro.
2) Maquiagem
Maquiagem egípcia. pic.twitter.com/JiSJTejegg
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Tantos os homens quanto as mulheres usavam maquiagem nos olhos; aqueles riscos, quase sempre pretos, que ultrapassam o canto dos olhos. Mas, ao contrário do que se imagina, a maquiagem não era apenas um enfeite. Para os egípcios, a maquiagem tinha o poder de cura.
Ironicamente, a maquiagem preta usada nos olhos era feita de chumbo, um metal pesado que se acumula no corpo conforme o uso e é capaz de causar diversas doenças.
3) Antibióticos
Os egípcios foram os primeiros a utilizar o fungo Penicillium, presente no bolor formado em pães, no tratamento de infecções. pic.twitter.com/QQAr0TYpEk
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Ainda não existiam antibióticos no Antigo Egito; estes só foram aparecer no século XX.
Mas os egípcios possuíam sua própria maneira de combater infecções. Bolor de pão costumava ser o ''remédio'' utilizado pelos egípcios para o tratamento de infecções. O fungo do tipo Penicillium, presente no bolor do pão, é o mesmo fungo que originou a chamada penicilina, descoberta em 1928 por Alexander Fleming.
4) Tutancâmon foi morto por hipopótamo
Tutancâmon teria sido ferido no peito por um hipopótamo, por isso foi embalsamado sem o coração. A caça desse animal era comum no Egito. pic.twitter.com/fcRm4DTI6v
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Uma análise da múmia do faraó Tutancâmon revela que ele foi embalsamado sem o coração, uma prática incomum no processo de mumificação; para os egípcios, o coração era a morada da alma, e era o único órgão que não era removido do corpo embalsamado.
Esse ''desvio'' na rigorosa tradição mortuária egípcia sugere que talvez o faraó tenha sofrido uma grande lesão em sua caixa torácica antes de sua morte.
Estudos indicam que os egípcios costumavam caçar hipopótamos por esporte, e uma vez que Tutancâmon possui várias estátuas suas retratando o ato de atirar lanças, especula-se que o faraó possa ter sido morto por um destes animais, enquanto caçava.
5) Terra plana
Os egípcios acreditavam que a Terra era plana e que o Nilo nascia exatamente no centro dela. pic.twitter.com/eHO0wRTrB0
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Para os egípcios, nosso planeta era semelhante a uma panqueca; plano e circular. Eles acreditavam ainda que o Rio Nilo fluía a partir do centro do mundo.
O Rio Nilo era de extrema importância para os egípcios, tanto no aspecto cultural como em sua agricultura e economia, daí a crença de que o centro do mundo todo era exatamente a nascente deste rio.
6) Médicos especializados
Dentes amarrados com fios de ouro foram encontrados em múmia na vila de Deir el-Medina. pic.twitter.com/cEbmm1htD3
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Muito embora os antigos médicos em geral tratassem todos os tipos de enfermidades, já existem provas que mostram que já existiam médicos especializados em algumas partes específicas do corpo humano no Antigo Egito, tais como dentistas e até proctologistas.
7) Faraós ''gordinhos''
Embora retratados de maneira atlética, a dieta dos faraós era rica em açúcar. Estudos mostram que muitos possuíam diabetes. pic.twitter.com/6gQODOXX5o
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As estátuas podem retratar faraós com corpos esbeltos e esculturais, mas a verdade é que, provavelmente, eles não tenham sido exatamente assim.
A dieta de um membro da realeza egípcia incluía cerveja, mel, pão, vinho e outros elementos ricos em açúcar, o que tornaria difícil para um rei manter a silhueta magra. Exames realizados em múmias indicam que muitos governantes do Antigo Egito sofriam de diabetes.
8) Igualdade de gêneros
Os egípcios viviam em uma sociedade (quase) igualitária para homens e mulheres. pic.twitter.com/2z3yOuHrzi
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Homens e mulheres viviam de forma bastante igualitária no Antigo Egito, tanto no aspecto legal como econômico. Porém, havia certas restrições: mulheres podiam receber educação, mas não podiam exercer determinadas profissões, como ser escriba, por exemplo. Uma mulher podia ser faraó, mas isso quase nunca ocorria.