O nome "Bíblia" veio de um dialeto grego, o Grego Koiné, muito falado durante a Antiguidade Clássica e no qual o Novo Testamento foi escrito, e significa "livros". Ela se compõe de duas partes, o Antigo Testamento, também chamado de Bíblia Judaica, e o Novo Testamento, reconhecido apenas pelos cristãos. A quantidade de livros considerados autênticos (chamados de livros canônicos) que compõem a Bíblia varia dependendo da denominação religiosa. Ortodoxos, católicos e a maior parte dos protestantes discordam quanto à quantidade de livros canônicos e a identidade específica deles.

Alguns textos que se apresentam como parte da Palavra de Deus não foram incluídos na Bíblia por haver dúvidas quanto a sua autoria ou a sua ortodoxia. Isso não os impediu de continuar circulando entre as pessoas e, em alguns casos, chegar aos tempos atuais. Um exemplo de apócrifo é o Evangelho de Pedro, que não deve ser confundido nem com os Evangelhos segundo Marcos, segundo João, segundo Mateus e segundo Lucas ou com as suas Epístolas atribuídas a São Pedro. Outro exemplo de apócrifo é o Evangelho de Judas, que causou muito barulho há alguns anos por apresentar uma visão favorável da atuação do Apóstolo acusado de trair Cristo.

Quase todos cristãos - e muitos que não o são - já leram ou pelo menos conhecem de nome o livro de Apocalipse (ou Revelação), geralmente atribuído a um dos Apóstolos, São João, a quem também são atribuídos um Evangelho e três Epístolas.

Esse Apocalipse, uma obra que se pretende profética, é um dos livros mais assustadores e enigmáticos da Bíblia, motivando várias interpretações diferentes. O que poucos sabem é da existência de outro Apocalipse, este supostamente escrito por São Pedro, que a Igreja Católica considera o primeiro papa.

O texto parecia ter se perdido para sempre, sendo conhecido apenas através de referências feitas a ele em outros textos.

Em escavações levadas a cabo no Egito no final do Século XIX, porém, uma cópia incompleta do livro escrita em grego foi achada. No começo do século seguinte, uma outra versão, escrita em etíope essa, foi localizada. Há, contudo, significativas divergências entre as duas versões encontradas. O texto é apresentado como um diálogo ente Jesus Cristo e seus discípulos sobre os acontecimentos que marcariam o fim dos tempos.

Nele, são mencionados o Céu, onde os justos viverão felizes entoando louvores a Deus, e o Inferno, onde os ímpios serão punidos de acordo com seus pecados.

Por exemplo, os adúlteros e as adúlteras, segundo o livro, serão pendurados sobre lagos ferventes, aqueles presos pelos pés e estas, pelos cabelos. Os homicidas e seus cúmplices serão lançados em um poço cheio de cobras e outros répteis. Os blasfemadores, segundo o livro, serão enforcados por suas línguas sobre o fogo.