Na sociedade ocidental muito mais que na oriental, existem muitas superstições relacionadas aos números. Bons exemplos são os números “13”, geralmente associado ao azar, e também existem muitas pessoas que fazem o sinal da cruz à simples menção do número 666.
A notícia, entretanto, visa desmistificar esse número. Não será feita uma análise detalhada do motivo desse número específico, o seiscentos e sessenta e seis, ser a marca da besta, mas sim o fato de não ser esse número. Da maneira mais simples possível, trata-se apenas de um erro de tradução.
Essa é a conclusão de um estudo que se baseia em uma série de novas técnicas e tecnologia, que permitem analisar melhor os dados. Quem trabalha com tradução sabe que, dependendo das diferenças de cultura e até mesmo de particularidades, onde as palavras simplesmente não possuem tradução exata, na maioria das vezes se perde algo quando é feita uma tradução.
Claro que quanto mais simples o texto e mais próximos forem os países dos respectivos idiomas, mais fácil será a equivalência linguística. Essa proximidade não é necessariamente geográfica, mas cultural.
De acordo com o respeitado professor David Parker, da Universidade de Birmingham, o número correto é “616” (seiscentos e dezesseis). O número, muito mais comum e menos emblemático, não assusta, parece mais um número qualquer.
Mas quando explicado o motivo, se torna bem mais plausível.
O especialista, do departamento de Crítica Textual ao Novo Testamento e, também, do departamento de Paleontologia, explica que isso ocorre devido a guemátria. A guemátria é um tipo de método hermenêutico, que é um ramo da filosofia que lida com a “interpretação”, usado para a análise das palavras bíblicas em hebraico.
Esse método atribui um valor a cada letra, valor numérico. Dessa perspectiva, 616 vai se referir a uma pessoa real, o Imperador Calígula.
Calígula foi Imperador Romano entre os anos de 37 a 41, tendo sido assassinado pela Guarda Pretoriana, quando tinha 28 anos. Ficou conhecido por sua crueldade, tanto que os cristãos achavam tratar-se da própria besta.
Ordenou que fosse construída uma imagem à sua honra no Templo de Jerusalém e mantinha relações sexuais com suas irmãs, obrigando-as a se prostituirem. Geralmente é representado como um tirano demente.
Isso só demonstra a importância do Cristianismo no Ocidente, independente de crença ou religião é inegável o impacto que ela causa na sociedade. E o papel da religião, deixando os preconceitos de lado, é o de fazer o bem e melhorar a sociedade como um todo. Seguindo ou não alguma religião, em última análise esse é um dever do cidadão.
Inclusive para quem não recorda, a Reveillon do ano 2000 foi um dos mais temidos, o clima era de completo terror, pois segundo a Bíblia, essa seria a data da 2ª vinda de Cristo, e portanto, marcaria o início do fim do mundo. A comoção foi tão grande que até mesmo os apresentadores do Jornal Nacional da noite de 31 de dezembro de 1999, chegaram a se despedir do público.