A Pedra de Roseta é um fragmento de uma estela de granodiorito encontrado no antigo Egito, cujo texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios.
A pedra é datada de 27 de março de 196 A.C.
Veja esta foto:
Ela foi e ainda é objeto de estudo arqueológico.
O que é a "arqueologia"?
Para entender um pouco mais sobre a representatividade da descoberta dessa pedra, é importante saber que a arqueologia é a ciência que, utilizando processos como coleta e escavação, estuda os costumes e culturas dos povos antigos através do material; (fósseis, artefatos, monumentos, etc), que restou da vida desses povos.
A "Pedra de Roseta" foi descoberta em 1799 por uma expedição de cientistas eruditos e projetistas, sob o comando de Napoleão Bonaparte, um ano após este ter invadido o Egito.
A "estela", (palavra que provém do grego, stela, que signifíca "pedra alçada ou erguida"), entrou no uso comum da arquitetura e da arqueologia, e foi encontrada na cidade costeira de Roseta, no baixo Egito, por isso ganhou esse nome.
O granodiorito, constituída de quartzo, andesita, ortoclasio, biotita, hornblenda, além de componentes máficos.
A estela é um fragmento, ou, pedaço de uma única peça conhecida como coluna monolítica.
Coluna monolítica ou monocilíndrica:
É composta por um único bloco. Tais peças eram destinadas a inscrições que poderiam ser declarações governamentais ou religiosas.
A pedra ou estela de roseta trata-se de um bloco de basalto preto, fragmento proveniente de uma peça em forma de coluna monolítica, provavelmente de formato quadrada, que data de 196 A.C. contendo inscritos entalhados pelos antigos egípcios em três expressões diferentes; Hieróglifos, Demótico e Grego, trazendo um selo real que louva o rei Ptolomeo V.
Hieróglifos é cada um dos sinais da escrita de antigas civilizações, tais como os egípcios, os hititas e os maias.
A escrita demótica foi muito usada para relatar assuntos do dia-a-dia no Egito antigo ao lado da escrita hieroglífica, mais usada pelos escribas para assuntos religiosos e oficiais. A escrita demótica representava uma evolução da língua falada e era mais simplificada em comparação com a hieroglífica.
A língua grega-antiga ou clássica (ἡ Ἑλληνικὴ γλῶσσα, hē Hellēnikḕ glō̃ssa, em grego antigo), é uma língua indo-européia extinta, falada na Grécia durante a antiguidade e que evoluiu para o grego moderno. O grego, (em contexto geral de sua evolução), foi um importante idioma que contribuiu para a formação de vários idiomas como o português, por exemplo, com a ajuda direta do latim.
A pedra é um fragmento pesando 3/4 de tonelada, ou, (250 kg), 118 cm de altura, 0,77 cm de largura e 0,30 cm de espessura.
Onde fica a "Cidade de Roseta"?
Seu nome é uma homenagem a cidade de Roseta, na província de Al-Buhaira, a 65 km de Alexandria. Roseta foi fundada no ano de 800 e é um porto no mar mediterrâneo.
Esta descoberta foi a chave para a interpretação dos hieróglifos egípcios - Prova-se que o grego era a tradução da língua egípcia gravada na pedra.
Um estudo linguistico da "Pedra de Roseta", desenvolvido por Tomas Yong e Jean Françoise Champolion, marcou o início da literatura cientifica e o primeiro passo em direção a formação de um sistema de gramática da língua egípcia antiga, a base da moderna "egiptologia".
Todo o empenho em estudar esta descoberta, levou os cientistas e estudiosos a revelarem mais de 1.400 anos de história do Egito antigo, o que os fez entender o passado Egípcio, as mudanças de governo, os posicionamentos políticos e religiosos, o domínio pelos Macedoneos, Ptolomeus e Romanos de 639 a 1.517 A.C.
A importância da Pedra de Roseta está no fato de ser esta até os nossos dias, o elo de ligação com a atualidade ao Egito antigo na sua forma de escrita. De certa forma, ela também contribuiu em sua tradução para a evolução das línguas conhecidas como indo-europeias e latinas.
Hoje, este artefato fantástico e histórico de um fragmento de um documento arqueológico encontra-se no (British Museum) em Londres.