No dia 15 de outubro, a emissora do Bispo Edir Macedo reapresentou o caso de Lidiany Alves Brasil, a jovem que passou dias de martírio ao ser encarcerada com mais de 20 brutamontes em uma cadeia do Pará. A menina que foi detida por roubo acabou ficando por 26 dias junto com os homens e estuprada todos os dias por vários dos detentos.

Lidiany estava sumida e a Record tentou localizar o paradeiro da jovem, que hoje tem 25 anos. Ao fazer uma busca por seu nome, descobriu que ela havia sido detida em uma cadeia para mulheres em Santa Catarina (Florianópolis) e o Câmera Record estava em sua saída para buscar mais detalhes de sua vida atualmente.

Seu caso acabou gerando a prisão de alguns delegados e outros carcereiros, além de incremento de pena para dois detentos.

A mulher, quando reapareceu surpreendeu com uma aparência diferente e ainda revelou um lado sombrio, pois estava saindo da prisão por conta de outro roubo. Ela também é usuária de drogas e diz temer voltar para a sua terra, apesar de ser seu desejo, já que ela 'mexeu com gente grande'.

Lidiany Alves Brasil, a menina do Pará, reaparece doente, viciada e prostituta

O Câmera Record fez a reportagem há alguns meses, e por conta dela a emissora recebeu o prêmio Vladimir Herzog de jornalismo, dedicado à Anistia e Direitos Humanos. A Record aproveitou para reapresentar a reportagem e na primeira aparição de Lidiany o choque já foi imediato.

Ela revelou à reportagem que estava doente, viciada em crack e prostituta. Não teve também como esconder que ainda pratica delitos para manter o vício.

Ela apareceu mais encorpada, mas com marcas visíveis da violência de toda uma vida.

A progenitora de Lidinay também foi entrevistada e ela chegou a dizer que sua cabeça chegou a valer muito dinheiro por elas terem mexido com gente grande (delegados e agentes).

No caso da juíza que permitiu tamanha barbárie, Clarice Maria de Andrade, a mesma foi afastada com vencimentos, por dois anos, mas por uma decisão do STF, ela foi liberada para voltar às funções.

Relembre

Em 21/10/07, Lidiany Alves Brasil foi detida em Abaetetuba em uma cela com cerca de 20 homens. A menina tinha apenas 15 anos e 40kg distribuídos em seu um metro e meio.

Ela foi detida por um roubo e antes de chegar a delegacia, ainda foi agredida e humilhada por um carcereiro que era amigo do dono da casa.

Quando a menina de 15 anos chegou à detenção provisória, que também é uma delegacia (daquelas tipo do interior), ela teve os cabelos cortados (com um facão) para parecer um homem. Ao ser jogada na 'cova dos leões' ela foi torturada, estuprada e só comia ou tinha acesso a artigos de higiene se permitisse os atos.

Ela revelou que gritava, mas os carcereiros nada faziam.

Lidiany antes e depois