No período da Guerra Fria, quando EUA e URSS, as duas maiores potências do mundo, disputavam a hegemonia global, surgiu uma espécie de competição para ver quem chegaria primeiro ao espaço e quem iria mais longe, até a lua.

Em 1957, os soviéticos fizeram seu primeiro lançamento, o qual foi lançado um satélite para o espaço e foi uma missão bem sucedida.

Naquela época, o então ministro da Rússia exigiu que os russos fizessem um lançamento melhor e mais extraordinário do que a missão do primeiro satélite e, também, queria que isso ocorresse no dia do aniversário de 40 anos da Revolução Russa, que era comemorado no dia sete de novembro.

Era caro e trabalhoso demais lançar outro satélite para o espaço. Os russos, então, tiveram a ideia de lançar um animal vivo.

A Rússia conseguiu terminar tudo em três semanas --após o lançamento do primeiro satélite. Como não era um satélite comum, eles conseguiram terminar rápido.

Laika foi uma cachorrinha russa que havia sido encontrada nas ruas de Moscou e foi inserida em missões espaciais para cachorros.

O Sputnik 2, que foi lançado com Laika, era equipado para medir a radiação solar e os raios cósmicos, um sistema para evitar o envenenamento por oxigênio e outro para absorver dióxido de carbono. Foi instalado um ventilador que era ligado automaticamente quando a temperatura da nave era maior que os 15 graus Celsius, para manter a temperatura de Laika estável.

A nave, também, foi provida com comida suficiente para os sete dias. Essa comida era em forma de gelatina. Além disso, Laika recebeu um traje espacial. Ele era equipado com uma bolsa para suas fezes. A frequência cardíaca de Laika era monitorada na base espacial e também seu ritmo respiratório, pressão arterial e movimentos básicos.

Três dias antes do lançamento, no dia 31 de outubro de 1957, Laika foi colocada no Sputnik 2. A temperatura do local de lançamento era extremamente baixa e a cápsula recebia conservação térmica, através de um aquecedor externo.

A nave foi lançada em 3 de novembro de 1957

Ao alcançar a órbita, houveram complicações: uma parte da nave, que deveria se desprender, não o fez, e isso impediu que o sistema do controle térmico se desprendesse, e a cápsula alcançou uma temperatura interior de 40 graus Celsius.

Após cinco a sete horas, Laika se apresentava agitada, com altos níveis de estresse e, após isso morreu. Estimava-se que Laika permanecesse viva durante sete dias no espaço, mas não foi o que aconteceu. Então, Moscou deu a informação de que ela estava bem durante os sete dias e depois veio a falecer.