A depressão, ou transtorno depressivo maior, é uma doença caracterizada por um estado crônico de tristeza prolongada, que traz sintomas psiquiátricos e físicos àqueles que sofrem dela. Pessoas de todas as idades enfrentam diariamente o transtorno, de crianças a idosos; no entanto, os jovens adultos estão em maior número.

Por muitas vezes, o diagnóstico da doença leva anos para ser feito. É comum pessoas irem aos médicos relatando seus sintomas e esses não os associarem à depressão, chegando até mesmo a desconsiderá-la como causadora do quadro clínico.

Isso acontece por vários motivos. Segundo a Revista de Psiquiatria Clínica, os mais comuns são:

  • falta de treinamento, por parte de clínicos gerais, para realizar abordagens psiquiátricas junto aos pacientes;
  • incertezas, motivadas por medo, quanto à prescrição de antidepressivos;
  • análises superficiais sobre os sintomas dos pacientes.

Uma solução para tais empecilhos seria a aplicação da medicina clínica inclusiva.

O que causa a depressão

A doença pode ser desencadeada por fatores psicológicos e biológicos.

Pessoas cujas famílias têm histórico de transtornos mentais possuem chances significativas de desenvolver a depressão.

Biologicamente falando, a presença de alterações nos níveis de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina tem alguma influência no surgimento do transtorno.

Entre os fatores psicológicos que influenciam no desenvolvimento da depressão, estão:

  • traumas na infância;
  • exposição ao estresse;
  • sentimentos de impotência.

O consumo de álcool e drogas também possui fortes conexões com o transtorno depressivo maior.

Sintomas mais comuns da depressão

Além dos sintomas comuns da depressão, como exaustão, falta de energia e estímulo, outros comuns são a dificuldade para se concentrar em tarefas rotineiras —como a leitura—, sensação de culpa sem motivo aparente e pensamentos frequentes envolvendo a morte.

A quem a depressão afeta mais?

A depressão afeta mais mulheres do que homens, no geral. De acordo com Paul R. Albert, do Departamento de Neurociência do Ottawa Hospital Research Institute, em Ontario, no Canadá, uma das possíveis razões para tal está entre diferenças biológicas entre homens e mulheres —estudos indicam que as alterações nos níveis hormonais ovarianos implicam numa maior incidência de depressão entre mulheres.

Apesar de as mulheres serem as mais afetadas, os homens registram o maior número de atentados contra si decorrentes de quadros depressivos.

Relação entre depressão e outras doenças

De acordo com a Revista de Psiquiatria Clínica, os portadores da depressão estão expostos a altos riscos de desenvolvimento de outras doenças.

Isso porque pessoas depressivas são mais relutantes em seguir ordens médicas. Junto, há o fato de muitos depressivos fazerem uso exagerado de cigarro e álcool —uma combinação perigosa, que está associada a problemas cardíacos, diabetes, doenças renais e câncer.

A revista também pontua que o oposto, em certos casos, também é válido: pessoas internadas por motivos diversos têm altas chances de desenvolver depressão.

Conheça o CVV

Segundo o Centro de Valorização da Vida, o CVV, entidade não governamental que presta serviços gratuitos de apoio emocional e prevenção à morte, a cada 45 minutos (em média) um brasileiro tenta tirar a própria vida.

Depressão tem tratamento, mas e a cura?

Como é exposto pelo portal MD.Saúde e pelo blog Vittude, a depressão é uma doença tratável que pode ser estabilizada. No entanto, a recomendação é: mesmo com a pessoa estável, o tratamento deve ser mantido.

O tratamento para a doença inclui psicoterapia e o uso de medicamentos antidepressivos. Ambas são medidas que funcionam individualmente; porém, é recomendado que sejam aplicadas juntas para maior eficácia.

Caso você precise ou conheça alguém que precise de assistência emocional, entre em contato com o CVV. Há voluntários disponíveis 24 horas por dia que podem ser contatados por chat, e-mail ou telefone, por meio do número 188.