Em um estudo recente publicado na revista científica Journal of Medical Virology, cientistas recomendam a aplicação de doses extras da vacina contra a Covid-19 de forma semestral ou anual para manter os altos níveis de proteção contra o coronavírus SARS-CoV-2. O estudo, desenvolvido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale e da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte, ambas nos EUA, analisou o possível impacto de reforço das vacinas bivalentes contra as variantes atuais do vírus.
Segundo os autores da pesquisa, um reforço a cada seis meses significaria um nível de “supressão muito forte” em relação à infecção pela doença. Para se ter uma ideia da abrangência desta proteção, em um grupo de dez indivíduos, apenas um deles seria infectado com a doença, segundo o modelo utilizado na pesquisa.
A vacinação no Brasil
Segundo especialistas, reforçar a estratégia de saúde pública é crucial para que possamos enxergar a doença causada pelo coronavírus como endêmica, o que significa que, mesmo com um número regular de casos, o sistema de saúde não seria colapsado. O Ministério da Saúde, liderado pela ministra Nísia Trindade, anunciou que a vacinação contra a Covid-19 será anual, especialmente para grupos de risco, como idosos e pacientes imunossuprimidos.
Em breve, mais detalhes sobre a estratégia de vacinação do Brasil devem ser divulgados.
O perigo da ivermectina
Já um outro estudo recente publicado na revista científica Nature apresentou dados alarmantes sobre o uso da ivermectina para o tratamento da Covid-19. Realizado em 23 países, incluindo o Brasil, o estudo revelou que 79,5% dos participantes brasileiros que tiveram a doença relataram ter tomado a droga, apesar de esta ser considerada ineficaz e contraindicada pelas autoridades de saúde. O levantamento foi liderado pelo Instituto Global de Saúde de Barcelona (ISGlobal), que entrevistou 1.000 participantes de cada país da amostra.