Na última quinta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou que se o Congresso fixar o valor em R$ 600 para prorrogação do auxílio emergencial irá vetar a decisão. A prorrogação do benefício foi motivada devido ao avanço da pandemia que assola o Brasil e o coloca na segunda posição dos países mais afetados em toda a América.
Na última semana, o Ministério da Economia informou que a prorrogação do auxílio emergencial tem a pretensão de pagar duas parcelas no valor de R$ 300. Mas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que a manutenção do auxílio emergencial deve se manter em R$ 600.
Em declaração, durante uma transmissão em sua rede social, o presidente Bolsonaro afirmou que caso a Câmara queira pagar R$ 400, R$ 500 ou manter os R$ 600 a sua decisão é de vetar para evitar que o Brasil não quebre, posto que a dívida ficará numa situação "impagável".
Segundo o presidente Bolsonaro, o adicional de duas parcelas de R$ 600 acarretará num déficit aos cofres públicos de aproximadamente R$ 100 bilhões prejudicando as contas públicas e atrapalhando a gestão da dívida pública, além de afetar a taxa básica de juros da economia, ou seja, a taxa Selic.
Para Bolsonaro, é preciso que o Ministério da Economia tenha cuidado para que a taxa Selic não suba provocando a agiotagem legalizada (paraíso dos rentistas).
O presidente ainda declarou que com os juros subindo as riquezas produzidas no país servirão apenas para pagar juros da dívida e dessa forma o Brasil tende a quebrar e nesse sentido "não tem pra ninguém", afirmou.
Maia propõe corte nos salários no Executivo e o Judiciário
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, afirmou ao G1 que para prorrogar o valor do auxílio adicional no valor de R$ 300 (como Bolsonaro quer) é preciso que o Governo envie um novo projeto de lei ao Congresso até a próxima quinta.
Maia ainda ressaltou que é preciso encontrar soluções dentro do orçamento para manter o valor original de R$ 600.
Após esta declaração de Maia, Bolsonaro afirmou que aceitaria a manutenção dos R$ 600 se os deputados e senadores cortarem dos seus próprios salários. Em seguida, Maia foi questionado sobre a declaração do presidente e afirmou que concorda desde que tal sacrifício fosse estendido a todos, inclusive do poder Executivo e Judiciário.
O Auxílio emergencial foi criado para ajudar nas despesas das famílias, trabalhadores informais e desempregados com maiores dificuldades econômicas frente a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Atualmente o governo já pagou duas das três parcelas previstas. O calendário da terceira ainda não está disponível, mas Bolsonaro afirmou que na próxima semana será divulgado.
Calendário de pagamento para novos aprovados no auxílio emergencial
Neste sábado (13), a Caixa Econômica Federal (CEF) divulgou o novo calendário que descrimina como será feito o pagamento da primeira parcela do auxílio para aqueles que foram recentemente aprovados. Foram cerca de 4,9 milhões de novos aprovados e custará aos cofres públicos o total de R$ 3,2 bilhões.
O Ministério da Cidadania informou que o valor para quem tem a poupança social digital da Caixa estará disponível nos dias 16 e 17 deste mês de junho. O cronograma é de que no dia 16 cerca de 2,4 milhões de pessoas que nasceram entre os meses de janeiro a junho estarão recebendo o auxílio e os 2,5 milhões de pessoas que nasceram entre os meses de julho a dezembro receberão no dia 17.
Aqueles que desejam fazer o saque devem seguir o calendário escalonado conforme o mês de nascimento a partir do dia 6 de julho. Segue o calendário para quem quer o saque em dinheiro:
Nascidos em:
- Janeiro: 6 de julho
- Fevereiro: 7 de julho
- Março: 8 de julho
- Abril: 9 de julho
- Maio: 10 de julho
- Junho: 11 de julho
- Julho: 13 de julho
- Agosto: 14 de julho
- Setembro: 15 de julho
- Outubro: 16 de julho
- Novembro: 17 de julho
- Dezembro: 18 de julho