Nesta quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu o aval do Congresso para que o Governo possa tomar empréstimos com os bancos de fomento internacionais. A finalidade é amenizar os efeitos do combate à Covid-19 na economia brasileira.
A nova leva de pedidos de autorização inclui a operação de crédito no valor de US$ 1 bilhão junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), além do crédito de US$ 200 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Ministério da Economia já tem destino certo para empréstimos
O Ministério da Economia está se esforçando para encontrar recursos no exterior que possam ajudar o Brasil a financiar as despesas contraídas nos últimos meses no combate e amenização do impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que se alastrou pelo país provocando uma forte crise econômica.
De acordo com o planejamento, o crédito com o BIRD deverá ser usado para financiar os gastos com o programa Bolsa Família, por exemplo. O destino do crédito com o BID irá abarcar o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, onde pequenas e médias empresas poderão fazer uso. O programa é executado pelo Ministério da Economia e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, as operações de crédito internacional tendem a reembolsar a União das despesas realizadas com benefícios, por exemplo; e os recursos advindos terão como destino o pagamento da dívida pública federal, contraída no período de forte pandemia do coronavírus.
No último dia 15 o Senado já havia dado sinal verde para que governo contraia cerca de R$ 13 bilhões em empréstimos junto ao bancos internacionais e agências de desenvolvimento.
O jornal Folha de S.Paulo informou que os senadores garantiram um empréstimo no valor de US$ 1 bilhão através do Novo Banco de Desenvolvimento (conhecido como Banco dos Brics). O valor será destinado ao programa emergencial que tende a apoiar a sustentação da renda de populações que se encontram em situação de vulnerabilidade e que foram afetadas pela pandemia da Covid-19.
Também foram realizados empréstimos junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no valor de 200 milhões de euros, e à Corporação Andina de Fomento (CAF), no valor de US$ 350 milhões.
O Ministério da Economia, responsável por manter contato com os órgãos, orientou a realziação de um pente-fino nos projetos de linhas de crédito ofertados por essas instituições.
Bolsonaro diz que pandemia está no 'finalzinho'
Na última sexta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro tornou a minimizar a gravidade da pandemia da Covid-19 ao afirmar que a mesma esta no finalzinho. No entanto, a BBC News Brasil apurou que os leitos continuam a receber infectados pela doença e que os casos continuam crescendo a cada dia, lotando hospital em todo o país.
Segundo o levantamento da Fundação Oswaldo Cruz, até o presente momento mais 600 mil pessoas já foram internadas ao longo desses quase nove meses em decorrência de casos confirmados ou suspeitos de coronavírus e mais de 250 mil morreram.