Uma nova rodada do auxílio emergencial está sendo debatida pelo Governo Bolsonaro. Em meio à pressão para ajudar as famílias mais vulneráveis da população, Senado e Câmara dos Deputados têm tentado encontrar alternativas para realizar o pagamento do benefício nos próximos meses.
Dias atrás, Bolsonaro, junto com a equipe econômica, negava a possibilidade de retomar o auxílio em 2021. Na busca por alternativas, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, sugeriu a reedição da PEC do Orçamento de Guerra, abrindo espaço para a economia agir com mais liberdade.
Por sua vez, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que novos impostos não serão criados para pagar o auxílio.
Enquanto isso, a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) afirma que o auxílio emergencial deveria ser rebatizado para fornecer três parcelas de R$ 200.
Na manhã desta quinta, Arthur Lira também chegou a cobrar Guedes sobre o lançamento da nova rodada do auxílio emergencial.
Auxílio emergencial inicia em março, diz Bolsonaro
Nesta quinta-feira (11), Bolsonaro afirmou que o auxílio emergencial retornará com uma nova rodada de quatro parcelas, que começarão a ser pagas em março deste. No entanto, destacou que o valor ainda não foi definido pelo Executivo e o Congresso.
"Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda certeza - pode não ser - a partir de março, (por) três, quatro meses", disse o presidente.
Bolsonaro reafirmou que é preciso acertar os detalhes para que a medida esteja dentro da responsabilidade fiscal.
Em relação ao tipo de beneficiário desta nova rodada, Bolsonaro não forneceu detalhes, no entanto, Paulo Guedes informou que cerca de metade dos 64 milhões de beneficiários irá receber essa o valor estipulado.
Ainda não foi definido os critérios para seleção dos contemplados.
Bolsonaro reafirma que auxílio emergencial inflará o endividamento do país
Quando a pressão pela retomada do auxílio emergencial começou, em janeiro deste ano, Bolsonaro chegou a afirmar que seguir com o auxílio emergencial iria quebrar o país. No entanto, Bolsonaro continua a reafirmar que a nova rodada implica um aumento do endividamento muito grande para o Brasil.
Ele ressaltou que o auxílio não é eterno, mas apenas uma medida de emergência em épocas críticas como a que o país está vivendo com a pandemia do novo coronavírus que tem vitimada milhares pelo país. "Eterno é aposentadoria, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), tá? E é uma questão emergencial, porque custa caro para o Brasil", disse.