Na última terça-feira (25), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que o Congresso Nacional avalia a possibilidade de editar uma medida para prorrogar o auxílio emergencial "por mais um ou dois meses".
Pacheco defendeu essa possibilidade durante a 22ª edição da CEO Conference Brasil, realizado pelo banco BTG Pactual.
De acordo com o presidente do Senado, existe uma necessidade da prorrogação, enquanto não finalizar a criação de um novo programa social capaz de substituir o Bolsa Família --programa perene de assistência social que ajuda milhões de brasileiros que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Economia visa ampliar Bolsa Família
No parlamento, a equipe econômica do Governo federal tentar afastar alguns movimentos que defendem a prorrogação do auxílio emergencial após julho deste ano. Entretanto, apesar da pressão de parlamentares, a equipe econômica do governo Bolsonaro pretende criar uma Medida Provisória (MP) que possa elevar o valor do Bolsa Família, além de criar um bônus de desempenho esportivo e escolar e ampliar o público beneficiário.
O governo pretende aprovar essas mudanças para depois apresentar a alteração estrutural que se dará por meio da fusão de programas sociais já existentes. O governo espera que os recursos de empresas estatais possam ser capazes de financiar ações destinadas à área social.
Valor do Bolsa Família pode subir de R$ 190 para R$ 250 mensais
A ideia consiste em ampliar o orçamento para que o valor médio do Bolsa Família suba de R$ 190 para R$ 250 mensais, cobrindo de 17 a 19 milhões de famílias no Brasil. Atualmente o programa beneficia 14,6 milhões de famílias.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, o Bolsa Família teve um alívio orçamentário no valor de 8 bilhões, devido à nova rodada do auxílio emergencial.
Deputados e senadores, juntamente com Pacheco, querem a aceleração da criação do novo programa social, enquanto discutem a possível necessidade de prorrogar o auxílio emergencial.
Pandemia da Covid-19 mantém pagamento do auxílio emergencial
O auxílio emergencial foi concedido pelo governo em 2020, logo que houve a intensificação da pandemia da Covid-19 no país.
Para este ano de 2021, o governo do presidente Jair Bolsonaro prorrogou o auxílio emergencial para famílias que se encontram em situações precárias.
A crise gerada pelo advento da pandemia do novo coronavírus no território brasileiro continua a exigir ações do governo que possam ajudar os menos favorecidos. Em abril, saiu a primeira parcela e a previsão de término dessa nova rodada está programada para julho.
Pacheco quer a prorrogação logo após a última parcela prevista para julho. Atualmente, o valor do benefício varia de acordo com a composição familiar e as parcelas vão de R$ 150 a R$ 375 por mês.