Que escrever bem e com adequação é uma tarefa difícil, todo mundo já sabe. São muitas regras e exceções que permeiam a Língua Portuguesa e que podem se tornar uma porta fechada quando o assunto é a escrita. Pensando nisso, este artigo tem a função de fazer com que você dê pelo menos um importante passo para um bom desempenho na competência 1 do Enem (aquela responsável pela parte gramatical do texto): aprender a temida crase!
Facilitando um pouco mais
Para começar, é importante saber quando não se deve aplicar o acento indicativo de crase. Vejamos:
1 – Não!
Em hipótese alguma devemos aplicar a danada da crase diante de palavras masculinas. Observe o exemplo: Pintura a óleo. A palavra “óleo” é masculina, portanto nada de crase diante dela.
2 – Nunca coloque crase antes de verbos. Acredite, muitas pessoas fazem isso. E lembre-se, no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), qualquer distração pode ser fatal. Exemplo: Estava a cantar alegremente.
3 – Não ocorre a crase diante do artigo uma. Exemplo: Assistiu a uma novela muito boa.
4 – Muita gente também peca neste quesito aqui. Para não acontecer mais isso, saiba que a crase é proibida antes de palavra no plural, ainda que esta seja feminina. Veja só: Ela não vai a ruas desertas.
5 – Também não pode haver crase antes de pronome pessoal e de tratamento.
Olhe estes dois exemplos: Dedico esta música a você. Outro exemplo: Mostrei o meu carinho a Vossa Senhoria.
6 – Antes de numeral cardinal, pronome demonstrativo, indefinido, relativo ou interrogativo, não você nem sonhe colocar crase. Veja:
Estamos a duas ruas da chegada.
Ofereço o meu amor a esta moça.
Ela é a pessoa a quem eu devo a minha vida.
7 – A crase também não vai ocorrer quando tiver o nome de um lugar que não necessite de um artigo para acompanhá-lo. Ficou difícil, não é? Para facilitar, darei uma dica valiosa:
Veja este exemplo: Vou a Paris ano que vem.
Se você, como várias outras pessoas, vai ficar em dúvida se vai haver crase ou não, basta substituir “vou” por “voltei”.
Quando fizer isso, observe se vai aparecer a contração “da”. Se sim, é porque há crase. Vamos lá:
Voltei de Paris ano passado. Viu só! Não apareceu a contração “da”, ou seja, não há crase no exemplo. Agora, veja este outro modelo:
Vou a Argentina no fim do ano. Ih, e agora? Tem crase ou não? Vamos colocar o aprendizado em prática já: Voltei da Argentina ontem. Ocorreu a contração, não ocorreu? Então, há crase. Forma correta: Vou à Argentina no fim do ano.
8 – Para finalizar, saiba que não ocorre crase diante de palavras repetidas. Exemplo: Cara a cara.
Agora, sim, os seus problemas vão acabar
Se você achou essas dicas longas e cansativas, veja a seguir que acabará de vez com os seus problemas. É o seguinte:
Quando estiver na dúvida entre colocar ou não o acento indicativo da crase, basta substituir a palavra posterior por uma masculina.
Veja como é fácil:
Vou a casa dela amanhã de manhã. Pronto, se ficou na dúvida, substitua “casa”, que é uma palavra feminina, por uma masculina, como “lar”. Olhe a mágica:
Vou ao lar dela amanhã de manhã. Perceba que o “a” virou “ao”, e se isso ocorrer, há crase. Portanto, o correto é: Vou à casa dela amanhã de manhã.
Dica preciosa para usar A CRASE:
— Medo de português (@medodeportugues) 13 de maio de 2015
"Se vou a
E venho da
Eu craseio o à"
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