Se um dia você sintonizar em um programa ao melhor estilo Mesa Redonda e o assunto "treinadores brasileiros" não estiver em pauta, pode trocar imediatamente de canal porque o script não foi seguido. Tão entendiante quanto necessário, os principais jornalistas esportivos insistem em debater o real papel de um técnico em uma equipe - e qual a razão que fazem as diretorias constantemente interromperem um trabalho no meio. Abaixo, listamos cinco treinadores que surgiram muito bem e que poderiam quebrar essa lógica. Poderiam.
Jair Picerni- Comandante dos áureos tempos do então desconhecido São Caetano, Jair Picerni empilhou grandes campanhas pelo time do ABC paulista e o Palmeiras não sossegou enquanto não o contratou.
Maldosamente, Jair era chamado de "Vicerni", por ter batido na trave no Brasileirão de 2000 e Libertadores de 2002 - vice em ambas as competições pelo Azulão. Na grande oportunidade da carreira, Picerni não convenceu no Palmeiras embora tenha sido o técnico do título da série B de 2003. Foi demitido no ano seguinte. Depois, também sem grande sucesso, passou pelo Atlético-MG.
Caio Júnior - Ex-jogador profissional, Caio Júnior se destacou como treinador na surpreendente campanha do Paraná Clube no Brasileirão de 2006. Como 5° colocado, o clube paranaense foi parar na Libertadores do ano seguinte. O Palmeiras, sempre ele, foi buscar Caio para a temporada seguinte. Não dá para dizer que foi mal, mas, no fim do Brasileirão de 2007, viu a vaga para a Libertadores escapar por entre os dedos.
Passou também por clubes como Flamengo e Botafogo, antes de rodar por clubes pequenos. No Grêmio, foi demitido em 2012 tendo feito apenas oito jogos.
Vagner Mancini - Parece que foi feito para clubes de menor expressão. Surgiu com muita força na campanha pelo Paulista de Jundiaí, campeão da Copa do Brasil de 2005. Desde então, não fez trabalhos consistentes em diversos grandes clubes que passou, como Grêmio, Santos, Vasco e Cruzeiro.
Foi o técnico do rebaixamento do Botafogo em 2014. Um ano antes, voltou a aparecer bem no comando do Atlético-PR, finalista e vice da Copa do Brasil e terceiro colocado no Brasileirão.
Paulo Bonamigo- Da escola paranaense de Futebol, Bonamigo surgiu muito bem no início dos anos 2000 em campanhas no Paraná Clube e Coritiba. Despertou a atenção das equipes maiores do futebol brasileiro e, em sequência, teve oportunidades no Atlético-MG, Botafogo e Palmeiras.
Não deixou saudades em nenhum. Depois, voltou a trabalhar em clubes menores e atualmente se mantém trabalhando nos Emirados Árabes.
Andrade - Volante histórico do Flamengo, Andrade teve praticamente uma vida dedicada ao rubro-negro até receber a oportunidade de ser o técnico principal em 2009. Em um time que tinha Bruno, Petkovic e Adriano, o antigo ídolo arrumou uma forma de agrupar todos os jogadores e conquistou o título brasileiro. Em 2010, decepcionou com uma precoce queda na Libertadores e pouco depois foi demitido. Não voltou a receber oportunidades em grandes clubes.