Rafael Henzel, um dos seis sobreviventes do desastre aéreo que matou praticamente todo o time da Chapecoense, além de dirigentes e jornalistas, em novembro de 2016, morreu nesta terça-feira (26), na cidade de Chapecó, no oeste de Santa Catarina, vitimado por um infarto. Ele deixa esposa e filha.

O jornalista, que tinha 46 anos, jogava Futebol, atividade que praticava toda terça-feira, quando começou a se sentir mal. Ainda com sinais de vida foi levado ao hospital, mas não resistiu e veio à óbito. Um ano após sobreviver ao desastre aéreo, o jornalista havia voltado à sua rotina normal de trabalho, na rádio Oeste Capital, onde mais cedo havia apresentado seu programa.

Em 2017, ano seguinte a tragédia, ele lançou o livro “Viva Como se Estivesse de Partida”, onde relatou o acidente e trouxe mensagens de importância à vida. Ele também ministrava palestras motivacionais.

Nesta quarta-feira (27), Rafael estava escalado para mais um jogo da Chape, que será contra o Criciúma, pela terceira fase da Copa do Brasil. O corpo do jornalista será velado no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, que fica ao lado do estádio da Chapecoense, a Arena Condá.

O acidente

Henzel estava a bordo do voo da LaMia, que transportava a delegação da Chapecoense, além de jornalistas, para a Colômbia, onde o time enfrentaria o Atlético Nacional pelo primeiro jogo da final Copa Sul-Americana 2016.

Por falta de combustível, o avião caiu perto do aeroporto, na cidade de Rionegro, matando 71 pessoas. Além do jornalista, dois tripulantes e os jogadores Jackson Follmann, Alan Ruschel e Neto sobreviveram a tragédia, ocorrida em 28 de novembro.

Clubes demostram solidariedade

Após a confirmação da morte do jornalista, vários clubes se manifestaram por meio das redes sociais emitindo notas de pesar.

A Chapecoense, time o qual ele acompanhava e esteve junto na tragédia que se abateu sobre o clube em 2016, destacou que Henzel se tornou um símbolo na reconstrução do clube e sempre haverá a lembrança de seu exemplo de superação.

Outro clube catarinense a se manifestar foi o Figueirense, que lembrou das vezes que Henzel esteve no Orlando Scarpelli para exercer sua profissão.

O Joinville, o Blumenau e a Federação Catarinense de Futebol também manifestaram notas de pesar.

Times de outros estados, como Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, CBR e Bahia também prestaram solidariedade aos familiares e fãs do jornalista.