No último sábado (7), a Justiça do Paraguai determinou a prisão preventiva do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e do irmão dele, Roberto de Assis, por utilizarem passaportes falsos para entrar no país. De acordo com o site Globoesporte.com, o promotor Oscar Legal solicitou a manutenção da prisão preventiva dos mesmos por desconfiar que exista o risco de fuga dos brasileiros. No Brasil, não é permitida a extradição de seus cidadãos.

A defesa alegou que o irmão de Ronaldinho Gaúcho sofre de problemas no coração e solicitou a prisão domiciliar para que possa receber os cuidados médicos necessários, o que foi negado.

A Justiça Paraguaia está investigando o uso de documentos falsos por parte de Ronaldinho e o irmão, que segundo a reportagem do Globoesporte.com, pode ter sido fornecido pelo patrocinador Wilmondes Lira, contendo identificação paraguaia falsa.

O G1 entrevistou o advogado de Ronaldinho que alegou abuso de autoridade por parte da Justiça do Paraguai, em especial por ter algemado o ex-atacante brasileiro que chegou na audiência com as mãos cobertas para prestar depoimento. Ainda neste sábado, os advogados apresentaram recurso, onde contesta a decisão do Juiz Mirko Valinotti.

Ronaldinho e Assis dormem na prisão

Os irmãos passaram a noite de sexta-feira (6) na prisão Agrupación Especializada da Polícia Nacional, situada na cidade de Assunção. A instalação é considerada de segurança máxima e já foi usada como cadeia para criminosos comuns, porém atualmente está recebendo presos de maior relevância.

Na última quinta-feira (5), o Ministério Público decidiu rejeitar a denúncia contra o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, porém no dia seguinte decidiu prosseguir com a denúncia. A primeira audiência foi realizada com o juiz Mirko Valinotti que não aceitou as recomendações dos promotores e ressaltou que os irmãos devem ser mantidos sob investigação das autoridades paraguaias.

Além da prisão do ex-jogador do Barcelona, a Justiça Paraguaia prendeu o empresário Wilmondes Lira, acusado de entregar os documentos e passaportes falsos a Ronaldinho assim que chegaram a Assunção, capital do país.

Ronaldinho foi ao Paraguai a trabalho

A ida de Ronaldinho à capital paraguaia tinha cunho de promoção, visto que o ex-jogador havia assinado com um cassino, além da Fundação Angelical.

Milhares de fãs que aguardavam o ex-jogador ficaram surpresos.

Ronaldinho chegou a Promotoria por volta do meio-dia para explicar sua versão da história, em seguida foi liberado, mas retornou a prisão no dia seguinte.

Ainda não se sabe o que motivou o jogador a utilizar outros documentos que não os já existentes, visto que estão em ordem como o passaporte e identidades brasileiros, bem como cidadão do Mercosul. Com esses documentos Ronaldinho entra sem problemas no país.