Não chega a ser algo absurdo quando um time inicia uma partida com seu treinador efetivo e depois termina o jogo sendo comando por um técnico provisório, geralmente um auxiliar. E isso pode ocorrer devido ao fato do primeiro ter sido expulso ou, em casos mais extremos, tido algum problema de saúde. Mas o que ocorreu com o Olímpia na rodada deste final de semana do Campeonato Paulista da Série A3 talvez tenha sido algo inédito no Futebol.
O jogo, realizado no último domingo (1º), no estádio Maria Tereza Brenda, em Olímpia, Alexandre Ferreira começou o jogo contra o Primavera (que está na zona de rebaixamento) como técnico da equipe. O time foi para terminou o primeiro tempo perdendo em casa por 2 a 0 e no intervalo ele não aceitou a interferência do diretor de futebol Antonio Delomodarme, o Niquinha. O dirigente pediu para que fossem feitas algumas alterações, Ferreira não aceitou e acabou sendo demitido antes do time voltar ao campo.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo
No segundo tempo o time passou a ser comandado pelo auxiliar Paulo Alberto Fonseca, que a partir de agora assumirá o time de forma efetiva.
Ainda nos vestiários ele fez duas mudanças no time e a equipe conseguiu buscar o empate diante de seus torcedores, garantido ao menos um ponto na tabela de classificação.
Posteriormente o treinador gravou um vídeo onde se mostrou chateado com a situação e que isso foi algo diferente em sua carreira. Ele foi o terceiro técnico a ter passado pela equipe do Olímpia desde o início da pré-temporada. Ferreira havia substituído Mário Tilico, que deixou o clube após brigar com um jogador durante o treino.
Era um palestrante, não um técnico
Ouvido pelo portal GloboEsporte.com, o dirigente do Olímpia teceu duras críticas não apenas ao ex-treinador como também aos técnicos brasileiros de forma geral. Sobre Alexandre Ferreira, ele disse que foi o pior treinador que viu no clube e que ele era um palestrante.
“Ele foi o pior treinador que vi no Olímpia, é um palestrante, um psicólogo...”, disparou o dirigente, que reclamou que a equipe não tinha tática nem esquema de jogo.
Niquinha, como é chamado, admitiu ter dito ao treinador para que trocasse dois jogadores, que em sua visão, não estavam tendo bom desempenho dentro de campo. Com a recusa do técnico, houve a demissão. “Ele não concordou (com o pedido). Então falei que poderia sair, que estava fora”, revelou.
O dirigente disse ainda que os treinadores brasileiros não sabem de nada e que deveriam sair para fazer cursos no Barcelona.
Com o resultado, o Olímpia caiu para a 12ª colocação da Série A3 com 10 pontos, dois a mais que o Primavera, time que abre a zona de rebaixamento. Seu próximo compromisso será nesta quarta-feira (4), fora de casa, contra o Batatais.