A Fórmula1 aderiu aos movimentos antirracistas e gravaram um vídeo com propósito de incentivar o movimento da luta contra o racismo e pregando a igualdade entre os seres humanos. A gravação, liderada pelo piloto Lewis Hamilton, foi apresentada neste domingo (2) antes da largada da corrida na transmissão do GP da Grã-Bretanha.

Fim ao racismo

Todos os pilotos participantes do evento vestiam uma camiseta com a frase "Fim ao Racismo" estampada. O organizador Lewis Hamilton foi o único a usar um traje diferente. Sua veste trazia "Black Lives Matter", que tomou conta de diversos lugares em todo o mundo ganhando muita força após a morte de George Floyd, nos EUA.

A gravação foi realizada no grid de largada onde alguns pilotos se ajoelharam e outros preferiram ficar de pé. Alguns dos pilotos que optaram por não se ajoelhar, já haviam participado de outras manifestaçãos, onde ficaram da mesma forma na abertura da temporada 2020, no GP da Áustria.

Carlos Sainz, Charles Leclerc, Max Verstappen, Antonio Giovinazzi, Kimi Raikkonen, Daniil Kvyat e Kevin Magnussen são os oito que aparecem de pé nas imagens.

Manifestação

A decisão de aderir à manifestação ocorreu depois de uma conversa entre Hamilton e Romain Grosjean, atual presidente da associação dos pilotos de Fórmula 1.

Hamilton cobrou uma postura mais forte diante da manifestação, criticando a classe por não ter dado a atenção necessária ao movimento, alegando que, durante as três etapas já realizadas nesta temporada, não houve o comprometimento esperado na hora da manifestação.

De acordo com o presidente da associação, alguns pilotos não estavam confortáveis com a maneira que os protestos estavam sendo realizados e, em conversa com Lewis, conseguiu explicar a situação.

Alguns pilotos optaram por não se ajoelhar, mas Romain diz que tem esperança de que isso aconteça e que em um belo dia todos se ajoelhem juntos.

O presidente também afirmou que precisam continuar a educar os atletas e que a participação desta luta é um marco de bons esportistas, lembrando ainda que que todos devem apoiar a causa.

A reunião contou com a participação de Chase Carey, um dos principais chefes da F1, e o presidente da FIA, Jean Tod. Em comum acordo, eles decidiram na conversa que mais tempo seria dedicado a realização da manifestação por parte dos pilotos.

Um dos motivos desta decisão foi que na segunda corrida da temporada, Hamilton já estava ajoelhado para o protesto no grid de largada enquanto outros pilotos nem haviam chegado ao local.

Reações

Na primeira corrida deste ano, quando o movimento de apoio da F1 iniciou, a reação acabou gerando polêmicas e a atenção deixou de ser na causa e passou para os pilotos que se recusaram a se ajoelhar.

Mesmo que tenham causadas repercussões, pilotos como Raikkonen, Giovinazzi. explicaram que estão engajados com o movimento e que o fato de permanecerem de pé só significa que estão protestando da maneira que se sentem mais confortáveis.

O piloto Kevin Magnussen também falou sobre os protestos, e relata que não quer que isso seja confundido com política associando os atletas a grupos ou associações das quais não fazem parte ou apoiam. A atitude da Fórmula1 tem como objetivo apenas a luta contra o racismo.