Um pedido de impeachment contra o atual presidente Jair Bolsonaro será proposto pela Coalização Negra por Direitos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (30).
A razão do pedido, que será realizado por um grupo de mais de 150 organizações do movimento negro, é que o atual Governo comandado por Bolsonaro tem agravado a política de genocídio entre a população negra devido aos seus crimes de responsabilidade.
Nota Oficial
Em nota divulgada pelo movimento, o grupo menciona a gestão do presidente durante este período da pandemia de coronavírus, quando, de acordo com o grupo, as decisões e atitudes de Bolsonaro são um ato contra a saúde pública.
O movimento defende que o governo deixou de providenciar medidas emergenciais em combate ao vírus entre as pessoas negras, autônomos e empregadas domésticas, populações estas que vivem em áreas rurais, em favelas e bairros periféricos, assim como nas comunidades quilombolas.
Coalização
A coalizão do movimento negro menciona que as falas de Jair Bolsonaro, assim como a sua maneira de governar, são totalmente racistas e que o resultado destas atitudes atentam contra a vida de toda a população negra, assim como suas comunidades, configurando as ações do presidente como crime de responsabilidade.
A pandemia do novo coronavírus registra dados consideráveis aos argumentos do movimento, de acordo com informações da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais exibidas no site de transparência da Arpen Brasil, durante o mês de julho onde os números de casos positivos e óbitos se acentuaram em todo o país.
Os números mostram um crescimento de mortes pela doença de 78,8% de pardos nas comunidades citadas, os óbitos em pessoas negras aumentaram 70,2%, contra 24,5% de mortes de pessoas brancas.
Índios
As comunidades indígenas do Brasil também realizaram diversos pedidos de socorro durante o mês de julho, inclusive abrindo ações contra o governo de Jair Bolsonaro.
No dia 8 de julho, Jair Bolsonaro aprovou com vetos a lei de proteção aos indígenas durante a pandemia. Entre os vetos presidenciais estavam o acesso universal a água potável, distribuição de materiais para higiene pessoal, desinfecção e limpeza de superfícies das aldeias, oferta em casos de emergência a leitos hospitalares inclusive em Unidades de Terapia Intensiva, aquisição de máquinas de oxigenação sanguínea e respiradores.