Depois da polêmica envolvendo a Seleção Brasileira de futebol não querer jogar a Copa América, os jogadores decidiram, por fim, disputar o torneio. Apesar de decidirem disputar a competição, informações dão conta de um clima de insatisfação sobre como o torneio foi organizado. O Brasil estreia na disputa diante da Venezuela, em Brasília, no estádio Mané Garrincha.
A decisão dos jogadores deve ser oficializada junto a um manifesto com muitas críticas pela forma que o torneio foi organizado em meio à crise provocada pela pandemia da Covid-19. Isso tende a acontecer somente após o jogo contra o Paraguai, nesta próxima terça-feira (8), às 21h30 (horário de Brasília), pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.
A seleção irá jogar a Copa América com quase os mesmos jogadores que estarão reunidos nas eliminatórias. O técnico Tite ainda poderá convocar mais três jogadores e a lista completa será anunciada na próxima quarta (9).
Desde quando foi anunciado que o Brasil iria sediar a Copa América, na segunda-feira passada (31), os atletas passaram a ter uma discussão de um possível boicote. O tema também foi discutido por líderes das outras seleções sul-americanas. Contudo, por não haver nenhum consenso, a ideia não prosperou. Inicialmente, o torneio seria sediado na Argentina e na Colômbia, que desistira, respectivamente, por conta da pandemia e de uma série de protestos.
A questão é que os jogadores se sentiram insatisfeitos com a forma que o assunto foi tratado pelo então presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogerio Caboclo, afastado neste último domingo (6) do comando da entidade por suspeita de assédio.
Conmebol tenta amenizar o caso
Foram varias reuniões bastante tensas entre os cartolas. Muitos confrontos de cunho politico e, ainda, preocupações com as diretrizes que devem ser seguidas contra a Covid-19.
Os cartolas sul-americanos estão negociando até o último segundo como cada uma das associações nacionais de futebol irá proceder para se evitar possíveis sustos.
A manifestação da Associação de Futebol da Argentina (AFA), no último domingo, estava sendo considerada como uma vitória para a Conmebol. No lado da seleção brasileira de futebol, os argentinos eram os que tratavam a possibilidade de desistirem do torneio. A Conmebol, então, decidiu que cada seleção teria autonomia para escolher onde irá se concentrar.
A seleção argentina fez a escolha de ir e voltar de Buenos Aires para se concentrar no centro de treinamento Ezeiza, que se encontra ao lado do aeroporto da capital. Todos os voos feitos pelas seleções serão pagos integralmente pela própria Conmebol.