A diretoria do Flamengo marcou um golaço no final desta temporada e conseguiu acordo com o Banco Central que movia processo contra o clube carioca.
Redução da multa
O rubro-negro finalizou disputa na Justiça com o Bacen que poderia resultar no desfalque de R$ 135 milhões para os cofres do clube. O vice-presidente jurídico Rodrigo Dushee disse ao Globo Esporte que foi aprovado o encerramento do processo por operação irregular de moeda estrangeira. O acordo reduz a alta dívida para "apenas" R$ 25 milhões. Desse valor, o rubro-negro pagou R$ 13 milhões e o restante será divido em 60 vezes em parcelas de R$ 202 mil.
O Flamengo ainda terá desbloqueada a penhora de 44 apartamentos que deverão ser vendidos e render cerca de R$ 150 milhões.
Imbróglio
O Banco Central apontou irregularidades em negociações internacionais realizadas na década de 1990. Problemas foram detectados na compra e venda do atacante Bebeto, o meia-atacante Palhinha, o lateral-esquerdo Zé Roberto, dentre outras movimentações. O Bacen havia definido a multa em R$ 126 milhões, que com correção monetária, poderia chegar a R$ 135 milhões. Em junho, o Flamengo conseguiu vitória no Superior Tribunal de Justiça para não pagar a multa no valor integral. Ainda cabia recurso, mas com o acordo desta semana, o processo se encerra. O problema na Justiça fez com que a diretoria flamenguista usasse da ponderação no início de 2022 e brecou possíveis contratações.
As investidas se deram apenas no mercado nacional, quando foram contratados o zagueiro do Red Bull Bragantino Fabrício Bruno e o atacante Marinho, que se destacou no Santos. Com a expectativa de sucesso nos recursos envolvendo o processo com o Bacen, o Flamengo voltou forte ao mercado e comprou o atacante Everton Cebolinha, que foi adquirido junto ao Benfica, de Portugal.