O grupo radical Estado Islâmicodestruiu, nesta semana, as colunas de Palmira, na Síria, ao assassinar um grupo de pessoas amarrando-as ao monumento e explodindo tudo. O EInão revelou ainda seus motivos para esta atrocidade. As colunas, ruínas de um aqueduto romano, faziam parte do patrimônio cultural da Unesco. Esta não é a primeira vez que o grupo radical islâmico ataca e destrói um lugar de importância histórica e cultural na região.
Arqueólogos estão profundamente consternados pela onda de destruição causada pelo ISIS. “Eles danificaram o patrimônio histórico que afeta todos nós, e as pessoas do Iraque e da Síria em particular.
Isto não é algo pequeno”.
Genocídio Cultural
A destruição de artefatos antigos é uma tática empregada no genocídio cultural e é usada pelo Estado Islâmico para transformar a região em um califado mulçumano homogêneo sob seu controle.
Em um vídeo divulgado pelo EI, um homem afirmou: “O Profeta Mohamed nos comanda a destruir estas estátuas, ídolos e ruínas, é fácil para nós obedecer... mesmo que isto custe bilhões de dólares”.
Veja a baixo uma lista dos últimos locais vandalizados peloEI
Ninrud – norte do Iraque
Foi a capital do império Assírio, entre 900 e 612 a.C. Segundo o professor de arqueologia da University College London, Mark Altaweel, parte do local ainda não havia sido estudado.
As ruínas da cidade foram explodidas no início de março deste ano.
O ISIS divulgou um vídeo no qual mostra o momento das explosões.
Khorsabad – norte do Iraque
Foi capital da Assíria durante o reino de Sargon II, construída entre 717 e 706 a.C. a mando do rei que desejava um novo palácio. O Instituto Oriental da Universidade de Chicago, que ajudou a escavar o local durante o último século, diz que “Khorsabad é única entre os palácios assírios por suas inovações estilísticas, a preservação das pinturas e extensa documentação antiga sobre o projeto do edifício”.
O palácio fui destruído na mesma semana de março.
Museu de Mosul – norte do Iraque
O Museu de Mosul é o segundo maior do país e possuía grandes estátuas de Hatra, patrimônio cultural da Unesco, e diversos artefatos da antiga cidade assíria de Nínive que somavam mais de 170 peças originais. O Museu estava sendo preparado para reabrir ao público.
Membros do ISIS usaram marretas para destruir as peças em fevereiro deste ano.
Biblioteca de Mosul – norte do Iraque
A coleção da biblioteca continha manuscritos do século XVIII e livros da era Otomana. Segundo a Unesco, este foi “um dos mais devastadores atos de destruição de acervos de bibliotecas na história da humanidade”.
Mais de 800 livros foram queimados em fevereiro deste ano.
A Tumba de Jonas – norte do Iraque
A tumba ficava dentro de uma mesquita e seria o local de enterro do profeta Jonas que, segundo a bíblia, teria viajado até Nínive para pregar o arrependimento e o juízo de Deus aos habitantes locais. Os acadêmicos Joel S. Baden a Candida Moss disseram a CNN que a destruição é “um ataque aos cristãos que vivem no Iraque e também ao rico patrimônio cristão da região”.
O local foi destruído em julho de 2014.