Pela segunda vez a ABIN - Agência Brasileira de Inteligência vem à público divulgar um assunto que envolve a atuação do Estado Islâmico no Brasil. Ano passado chegaram a divulgar que interceptaram tentativas dos extremistas de recrutarem brasileiros para o grupo, sendo que haviam vários interessados.
Nessa semana a divulgação não foi de uma tentativa de recrutamento, mas uma afirmação de uma ameaça feita por um jihadista comumente envolvido em vídeos de execuções, que afirma que o Brasil será o próximo alvo do grupo.
Perigo
O medo das autoridades é que os jihadistas estejam focando o período das Olimpíadas para atacarem o país, ocasião em que presidentes de diversos países do mundo estarão reunidos. O grupo tem se espalhado para outros lugares depois que as coalizões russa e americana começaram a destruir suas bases, mas um vídeo divulgado há alguns meses mostram que os terroristas possuem bases na Índia e militantes em vários países do Ocidente.
Repercussão
A ameaça foi feita por Maxime Hauchard, que está na lista de procurados dos EUA desde 2014, foi realizada pouco depois dos ataques realizados em Paris em novembro do ano passado e a mensagem foi divulgada através do Twitter do terrorista.
Jihadistas usam massantemente as redes sociais para propagar suas mensagens radicais e recrutar novos membros. Recentemente invadiram o Twitter de Justin Bieber para divulgar um vídeo violento com ameças ao Ocidente. Na ocasião, mais de 70 milhões de pessoas receberam a mensagem no perfil do cantor.
Luiz Alberto Sallaberry, que pertence ao DCT - Departamento Contraterrorismo - disse que além das ameaças, aumentou o número de brasileiros recrutados pelo ISIS, que por sua vez busca pessoas de zonas consideradas 'neutras' para atuarem sem que haja desconfiança de autoridades. Os terroristas divulgaram um vídeo no final do ano passado em que almejam transformar todos os países do mundo em seguidores de um mesmo califado até o ano de 2030.
Reuters, Daily Star, The Express, TeleSur, La Prensa, entre outros meios de comunicação internacionais repercutiram a ameaça e colocaram os temores nas Olimpíadas, que devem ocorrer em poucas semanas. Mais de 30 mil autoridades da área de segurança farão a segurança do evento esportivo, dentre eles: exército, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Guarda Municipal, seguranças privados, exércitos e grupos especiais da PM, como atiradores de elite.