O caso aconteceu no último sábado (21), em Santiago, no Chile, e, por pouco, não virou uma tragédia, pelo menos para Franco Luis Ferrada Román, um inconsequente, de 20 anos de idade, que se atirou no interior de uma jaula com um casal de leões, no zoológico da cidade. Com a atitude descabida, quem levou a pior foi o casal: Manolo, nascido no Parque Metropolitano de Santiago, e La Flaca, resgatada de um circo, foram abatidos por atiradores que salvaram Román de ser devorado.

Nesta segunda-feira (24), em entrevista à emissora de rádio chilena Cooperativa, Maurício Fabry, diretor da instituição, disse que o estabelecimento irá mover ação judicial contra o jovem pelas acusações de dano à propriedade e pela morte dos leões que, segundo Fabry, eram adorados pelos funcionários do zoo.

O diretor disse ainda que o local existe há 90 anos e que nunca registrou um ato insano desta natureza, ressaltando que conta com segurança apropriada para o tipo de funcionamento de qualquer zoológico.

A atitude de kamikaze de Franco acabou repercutindo em todo o mundo e, segundo Maurício Fabry, decorreu em apenas quatro minutos. Ele disse que o invasor não foi atacado assim que invadiu o espaço dos leões que, emboram ficaram surpresos com a "visita" inesperada, não avançaram de imediato no intruso. Para que isso acontecesse, Román passou a gesticular na intenção de provocar os Animais que, só então, partiram para o ataque, atingindo-o no pescoço.

Os ferimentos causados em Franco Luis Ferrada Román foram graves mas, apesar disso, ele não corre perigo de morte e está internado em uma clínica chamada Indisa, que fica em Santiago, com quadro clínico estável.

Após a tentativa de suicídio, seguranças do zoológico encontraram uma carta escrita por Román em que ele afirmava que era a hora do apocalipse e que, por isso, ele seria salvo por Deus por ser, na sua confusa cabeça, um profeta enviado pelo Criador, o "Inri Cristo" do Chile.

Com o lamentável incidente, a organização não governamental "Animais Libres" está pedindo o fechamento do parque.

Para tanto, a ONG colhe assinaturas em um abaixo-assinado alegando que manter os animais em cativeiro para que pessoas possam se divertir é um ato egoísta e desproporcional, chamando à atenção para a reflexão dos costumes humanos.