Um Boeing 737 MAX 8, da empresa Ethiopian Airlines que levava 149 passageiros e oito tripulantes, caiu na manhã deste domingo (10) na cidade de Bishoftu, seis minutos após decolar da cidade de Adis Abeba, capital da Etiópia, vitimando todas as pessoas que estavam a bordo. Ainda não se sabe o que ocasionou a queda do avião, que havia iniciado a viagem às 8h38 pelo horário local (3h38 horário de Brasília) e tinha como destino a cidade de Nairóbi, capital do Quênia.

Havia pessoas de 35 nacionalidades a bordo, porém, de acordo com o Itamaraty, nenhum brasileiro estava na aeronave.

Pertences dos passageiros e pedaços da fuselagem do avião ficaram espalhados pelo chão e pedaços de corpos eram retirados do que sobrou do aparelho.

Chegou-se até a se levantar a suspeita que se tratava de um atentado terrorista, hipótese já descartada e os especialistas agora trabalham com a tese de falha mecânica. A aeronave havia sido adquirida há poucos meses pela companhia área, que é uma das maiores da África.

O presidente da companhia, Tewolde G Medhin, disse que o piloto da aeronave havia reportado dificuldades técnicas e pediu para voltar a Adis Abeba, solicitação que foi autorizada pelos controladores de voo. Segundo informações da Flightradar24 ADS-B, a velocidade do aparelho ficou instável após a decolagem.

As condições meteorológicas eram boas no momento do Acidente e autoridade informaram que o piloto possuía mais de 8 mil horas de voo.

Angustia no aeroporto

Muitos parentes dos passageiros mortos foram até o saguão do aeroporto de Nairóbi, no Quênia, onde ficaram a espera de notícias. “Estamos apenas esperando pela minha mãe”, disse Wendy Otieno à agência de notícias Reuters.

Ele ainda mantinha esperanças de sua mãe ter pegado outro voo, porém relatou que a mesma não atendia as chamadas em seu celular.

Já Robert Mutanda, de 46 anos, estava a espera do cunhado, que vinha do Canadá. Ele reclamou da falta de informações, mas ainda se mantinha esperançoso. “Ninguém nos disse nada, estamos apenas aqui esperando o melhor”, disse Robert quando já haviam se passado mais de três horas da queda do avião.

Segundo acidente com esse modelo de avião

Esse é o segundo acidente envolvendo o modelo 737 MAX da Boeing desde que ele entrou em operação, no final de 2017. O outro desastre ocorreu em 29 de outubro do ano passado, quando 189 pessoas morreram na Indonésia na queda da aeronave pertencente à empresa Lion Air.