Com saudades de casa, a cachorra Cleo percorreu mais de 80 quilômetros entre os estados do Kansas e do Missouri, nos Estados Unidos, onde ficava a antiga casa da família.

A família Feeback se mudou do estado do Kansas há mais de dois anos e, mesmo assim, Cleo conseguiu encontrar o seu antigo lar e deitar na varanda.

A descoberta dos donos de Cleo

Colton Michael, novo morador da residência, relatou à CNN que ele e sua esposa haviam acabado de chegar em casa após o trabalho quando se depararam com Cleo calmamente deitada na varanda, como se esperasse a chegada de alguém.

A cachorra viajante estava sem coleira, porém era visível que ela tinha dono, pois era muito bem cuidada e saudável. Ao ver que Cleo tinha um microchip contendo as informações de seus donos, a esposa de Colton percebeu que a cachorra pertencia aos antigos proprietários do imóvel.

Desaparecimento de Cleo

Os donos de Cleo divulgaram seu desaparecimento nas redes sociais. Ao ver as postagens da família no Facebook, Michael entrou em contato com eles.

Ao contar ao tutor de Cleo, Drew Feeback, que ela fora encontrada deitada na varanda da antiga casa, Michael conta que Drew ficou sem palavras.

O mais curioso é que a viagem da cachorra é um grande mistério, pois nos 80 quilômetros percorridos por ela, existe um rio e uma ponte muito movimentada, e ela teria que passar por um deles para chegar ao destino.

A alegria de ter a cachorra de volta foi tão grande que Drew Feeback afirmou que as condições da viagem não importam para ele. A única coisa importante era ter sua companheira novamente. Segundo ele, Cleo é tudo para a família.

Curiosidade sobre a memória dos cães

Embora a memória dos caninos seja diferente dos seres humanos, os pets têm memória de curto e longo prazo.

Estudos mostram que, mesmo que eles não lembrem de determinados eventos vivenciados, existe neles uma memória associativa.

A memória imediata dos cães registra momentos específicos que são esquecidos após 10 ou 20 segundos. Por exemplo, o cão que morde um sapato não lembrará do acontecido logo depois. Já a memória tardia é a responsável por eles se lembrarem de seus donos mesmo com o passar do tempo.

Por fim, temos a memória associativa, que está relacionada com o que essa pessoa fez o cão sentir, com seus gestos e movimentos, com seu olhar, sua voz e seu cheiro. É uma lembrança que sempre permanecerá no animal de estimação, pois eles guardam em seu cérebro uma situação ou imagem que depois podem relacionar com uma circunstância similar futuramente.

Nesse caso, a viagem da cachorra Cleo poderia ser explicada pela memória associativa. Para chegar a percorrer 80 quilômetros só para reencontrar a casa onde viveu, os sentimentos que o antigo lar trazem, com certeza devem ser muito agradáveis para ela.