A embaixada dos Estados Unidos em Moscou divulgou um comunicado nesta segunda-feira (13) pedindo que seus cidadãos deixem "imediatamente" a Rússia devido às "consequências imprevisíveis" que o atual conflito na Ucrânia pode representar para a segurança dos norte-americanos no país. O comunicado alerta para o risco de assédio, "detenções indevidas" e voos limitados, bem como para a "capacidade limitada" da embaixada de lidar com possíveis riscos envolvendo os cidadãos dos EUA que residem na Rússia.
As autoridades norte-americanas afirmam que os cidadãos estão sendo interrogados sem justificativa e ameaçados por autoridades russas, além de serem presos sob acusações infundadas e condenados em julgamentos secretos ou sem provas confiáveis.
O comunicado também acusa o governo russo de não informar as detenções de cidadãos norte-americanos e atrasar a assistência consular.
A resposta da Rússia
Por sua vez, o Kremlin respondeu ao comunicado afirmando que tais apelos já foram feitos anteriormente pelos EUA. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o Departamento de Estado dos EUA já expressou tais avisos várias vezes e que isso não é novo.
O comunicado da embaixada também destacou a Rússia por não reconhecer a cidadania de pessoas com dupla nacionalidade, o que consequentemente nega o acesso aos serviços consulares e impede a saída do país. Em resposta, Peskov afirmou que as pessoas com dupla cidadania são consideradas cidadãos russos antes de qualquer coisa.
Por último, o comunicado da embaixada norte-americana ressalta que a limitação das viagens para os funcionários da embaixada e a suspensão contínua das operações, incluindo serviços consulares, têm afetado seriamente a capacidade do governo dos EUA em prestar serviços de rotina ou emergência a cidadãos americanos que vivem em áreas distantes da embaixada em Moscou.