Nesta terça-feira (14), o porta-voz da segurança da Casa Branca, John Kirby, informou que a comunidade de inteligência dos Estados Unidos está considerando a possibilidade de que os três objetos voadores que foram abatidos por caças norte-americanos nos últimos dias estejam ligados a um propósito benigno ou comercial, mas que ainda não há uma compreensão definitiva sobre a origem de tais objetos.

Destroços de objetos abatidos podem desvendar mistério

De acordo com Kirby, mais informações só poderão ser conhecidas assim que os destroços dos objetos voadores puderem ser coletados, já que se encontram em áreas de difícil acesso.

Ainda segundo Kirby, não foi encontrada nenhuma indicação de que os objetos estejam ligados ao programa de espionagem da China. A suspeita se deve ao fato de que em 4 de fevereiro, um caça norte-americano chegou a abater um balão chinês na costa da Carolina do Sul.

Kirby disse ainda que as comunidades de inteligências acreditam que possivelmente esses objetos estejam “ligados a algum propósito benigno”. O porta-voz da Casa Branca ainda declarou que não pode detalhar o que governo está fazendo e que tais informações ainda são sensíveis, destacando que o problema não está restrito apenas aos Estados Unidos.

Suposta origem chinesa

Kirby destacou em sua fala que a China possui um programa de “coleta de informações” com balões de grande altitude e que esses balões foram detectados sobrevoando vários países, inclusive os aliados dos EUA.

Contudo, salientou que são objetos de capacidade limitada e que não são novidade para o governo americano. Ele ainda informou que esses balões são usados por empresas, pesquisadores e universidades por motivos diversos, mas que não são nefastos. Contudo, quando decidiu derrubá-los foi por “excesso de cautela”.

Para a Casa Branca interessa entender a natureza e o propósito dos três objetos voadores abatidos, mas para isso será necessário coletar os destroços que estão em locais de difícil acesso.

Nesta segunda-feira (13), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, declarou que os objetos derrubados não possuem qualquer indicação de alienígenas ou atividade extraterrestre.

Fenômenos aéreos não identificados

Algumas alterações em termos comumente usados foram feitas nos relatórios: ao invés de objetos voadores não identificados (óvnis) passou-se a empregar a expressão fenômenos aéreos não identificados.

As Forças Armadas dos Estados Unidos disseram que não encontraram evidências de visitas extraterrestres. A análise está sendo conduzida pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional juntamente com o departamento do Pentágono (Aaro) criado para resolução de anomalias de todos os domínios.

Um comunicado feito ao Congresso americano em 2021 relatou que examinou cerca de 144 objetos por parte dos aviadores militares, mas a sua grande maioria ficou sem explicação devido à falta de uma análise mais profunda sobre as aparições.

Em dezembro de 2022, Ronald Moultrie, subsecretário de defesa para inteligência e segurança, informou que não há nada nos relatórios que indicasse presença alienígena.

Recentemente, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional informou que 366 óvnis foram avistados, especialmente, balões, pássaros ou drones. No entanto, 171 ainda permaneceram sem explicações oficiais, de acordo com informações do jornal O Globo.