A situação na Ucrânia se agrava a cada dia que passa. A guerra entre o país e a Rússia, que começou em fevereiro de 2022, está longe de terminar. Pelo contrário, parece estar se intensificando com o avanço das tropas de Moscou sobre parte do território ucraniano.

Nesta quarta-feira (8), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, admitiu que a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, pode ser dominada pela Rússia "nos próximos dias", após meses de intensos combates. Bakhmut é uma importante cidade estratégica para a Ucrânia, pois fica próxima da linha de frente e é um centro administrativo e econômico da região.

À margem de uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia em Estocolmo, Stoltenberg disse A eventual queda de Bakhmut "não reflete necessariamente um ponto de virada na guerra".

Em declarações no final de fevereiro, Stoltenberg afirmou que a Ucrânia se tornará membro da Otan, mas "a longo prazo". Criada durante a Guerra Fria, a Otan é uma organização formada por 30 países que se comprometem a defender uns aos outros em caso de agressão externa. A Rússia considera a aproximação da Ucrânia com a Otan como uma ameaça à sua segurança e aos seus interesses na região. Por isso, tem aumentado sua presença militar nas fronteiras ucranianas e apoiado os separatistas pró-russos que controlam parte dos territórios de Donetsk e Lugansk.

Esses grupos se opõem ao governo central de Kiev e querem se integrar à Rússia ou formar uma república independente.

Histórico da guerra

A guerra na Ucrânia já deixou mais de 18 mil mortos e cerca de 1,5 milhão de deslocados internos desde 2014. Apesar dos acordos de paz assinados em Minsk em 2015, os confrontos continuam ocorrendo com frequência e violando o cessar-fogo.

A comunidade internacional tem condenado as ações da Rússia e imposto sanções econômicas ao país.

A crise na Ucrânia é um dos maiores desafios para a segurança e a estabilidade na Europa. Ela envolve questões históricas, culturais, geopolíticas e ideológicas entre dois países vizinhos que têm laços profundos mas também divergências profundas.