As bolsas europeias encerraram suas negociações nesta sexta-feira (22) em um cenário de movimentos moderados e direções mistas. Isso ocorreu logo após a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMIs) da região, que foram responsáveis por apresentar dados variados, juntamente com a preocupação contínua em relação às perspectivas de juros nas principais economias globais.

PMI do Reino Unido e sinais de recessão

No Reino Unido, o PMI composto caiu para 46,8 em setembro, um resultado que levou analistas a especularem que a economia britânica pode já estar entrando em recessão.

Isso ocorre em meio às crescentes expectativas de juros mais altos, sugerindo que o ciclo de alta de juros já está fazendo efeito.

Impacto nos mercados

Apesar dessas preocupações, o índice FTSE 100 de Londres conseguiu encerrar em leve alta de 0,07%, impulsionado principalmente pelo setor de energia, que acompanhou a contínua escalada dos preços do petróleo. As ações da BP subiram 1,21%, e a Shell teve um ganho de 0,44%. No entanto, em Milão, o índice FTSE MIB recuou 0,43%.

PMIs da zona do euro e decisões de juros

Na zona do euro, o PMI composto preliminar subiu para 47,1, indicando uma expansão no setor de serviços, embora ainda permaneça abaixo do ponto neutro de 50, indicando contração geral da atividade.

Enquanto isso, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, não vê sinais de recessão na economia da zona do euro devido ao aperto monetário.

Contexto internacional

As bolsas europeias foram influenciadas pelas decisões recentes de juros dos principais bancos centrais do mundo, incluindo o Federal Reserve dos EUA, que sinalizou um novo aumento das taxas e uma perspectiva de taxas mais altas por um período prolongado. O Banco da Inglaterra também manteve suas taxas inalteradas, mas alertou sobre a necessidade de manter a restrição monetária por um período prolongado.