Vergonha, uma tremenda vergonha nacional é o que sentem muitos brasileiros de caráter ao se confrontar com o péssimo quadro político e econômico no qual o Brasil está mergulhado. Os parlamentares brasileiros parecem vir de uma outra dimensão e falam uma língua diferente da entendida pelo povo comum e trabalhador em geral. Por outro lado, vez ou outra, mesmo que raramente, como se diz, a “casa cai” para os políticos corruptos e amorais. Um exemplo claro disso é o da ex-primeira dama do falido Estado do Rio de Janeiro Adriana de Lourdes Ancelmo, que se encontra presa desde o dia 6 de dezembro por desvio e lavagem do dinheiro público, entre outros graves delitos praticados em conjunto com o seu marido, o ex-governador Sergio Cabral.

Conforme informações reveladas internamente pelo presídio em que a acusada está encarcerada, Adriana tem que enfrentar diariamente o menosprezo e até as ameaças das outras presas. Tanto é assim que a até então ex-primeira dama do Rio de Janeiro atualmente só reclama da nova vida a que é submetida. Uma das frases proferidas por Adriana, segundo funcionários do presídio, foi a seguinte: “O que eu fiz se foi errado ou não não chega nem perto da barbaridade que muitas mulheres aqui fizeram. Eu não merecia nem estar aqui, não matei ninguém para isso. Mereço respeito!"

Todavia, de acordo com alguns críticos da ex-primeira dama e seu histriônico marido, a afirmação acima parece não fazer muito sentido ou condizer com a triste realidade do povo carioca e fluminense como um todo, pois na medida em que o dinheiro pertencente à população foi roubado, os hospitais, as escolas, a segurança pública e outros serviços básicos ficaram totalmente prejudicados, inclusive ocasionando a morte de pessoas que dependiam unicamente desses serviços oferecidos pelo Estado.

De qualquer forma, os advogados escalados por Adriana para a defender já disseram que apresentarão uma solicitação de habeas-corpus para que a mulher possa cumprir a sua pena no que é chamado de prisão domiciliar. A justificativa para esse pedido é a de que Adriana está sofrendo uma enxurrada de insultos e outras ameaças.

A prisão de Adriana foi determinada pelo juiz federal Marcelo Bretas, juiz federal.

É o responsável por analisar todos os processos ligados a Operação Lava Jato naquele Estado.

Os resultados das investigações são para lá de vergonhosos, pois revelam que tais políticos pertencentes ao PMDB desviaram R$ 224 milhões referentes aos contratos públicos do Estado do Rio com empreiteiras. A ação envolve empresas como Carioca Engenharia, Andrade Gutierrez e Delta, sendo que posteriormente os seus principais gestores contaram à Justiça todo o esquema podre de Corrupção através de acordo de delação premiada.

Ainda de acordo com as investigações da denominada Operação Calicute, há provas que Adriana funcionou como a destinatária do dinheiro sujo proveniente de operadores financeiros de Sérgio Cabral. Ela é acusada de se utilizar do seu escritório de advocacia, o Ancelmo Advogados, com o único objetivo premeditado da lavagem do dinheiro resultante da propina que tinha como recebedor final, o distinto ex-governador carioca.