O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou na quinta-feira (16) um vídeo convocando os petistas para participarem do 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, que será realizado no dia 9 de abril em todo o país. Em tom melodramático e provocante, Lula falou da importância de reerguer a imagem do partido, que, segundo ele, desde 2005, sofre ataques dos adversários.

"O PT já foi muito mais do que atacado. Aliás, ninguém foi mais atacado neste país como o PT. E nós sobrevivemos, ganhamos 2006, ganhamos 2010 e ganhamos 2014. E a destruição continuou até o impeachment da presidente Dilma", afirmou o petista.

O petista ainda disse não se importar com as perseguições que sofre por parte da oposição desde que começou a vida política. Falando diretamente aos militantes, falou da importância da presença do militantes na luta para reconstruir a polícia: "nunca esse país precisou tanto do PT como precisa agora", defendeu.

Além de criticar a oposição, Lula fez questão de enaltecer o partido: "Em 2017, deve ser o ano da gente recuperar a imagem do nosso partido e da gente defender o legado do partido que mais fez política social", garantiu, completando: "está na hora da gente levantar a cabeça, porque pode ter igual, mas nesse país não tem ninguém melhor do que nós".

O vídeo que foi compartilhado nas páginas oficiais do Partido dos Trabalhadores, como o site oficial e o Facebook já teve cerca de 320 mil visualizações e 9,5 mil compartilhamentos na rede social.

Assista:

Acusações contra Lula

Lula é réu de quatro ações da Operação Lava Jato. A investigação tem como base denúncias de que ele seria o comandante máximo do esquema de corrupção da Petrobrás. Ele é acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Entretanto, mesmo frente a tantas acusações, o petista deixa claro que quer se candidatar novamente a presidente do Brasil nas próximas eleições, em 2018.

No começo de janeiro, o ex-presidente se pronunciou no 33º Congresso Nacional dos Trabalhadores da Educação e aproveitou para discursar contra o governo atual. No entanto, foi surpreendido ao ver representantes de uma entidade sindical virarem as costas para ele em forma de protesto.