Logo após a Copa do Mundo, o Brasil inteiro se voltou para a disputa das eleições que aconteceram em outubro. No período pós-jogos da Copa, o embate que mais chamou a atenção foi entre Jair Bolsonaro e a Rede Globo. O então candidato à Presidência da República se envolveu em polêmicas ao conceder entrevistas ao Jornal Nacional.
Tudo isso veio à tona nas últimas horas porque a Globo decidiu retirar William Bonner da cobertura da posse de Bolsonaro, que acontecerá em Brasília nesta terça-feira (1), no período da tarde. A decisão foi surpreendente porque Bonner é o principal âncora da Globo e participa de grandes coberturas, como a do domingo das eleições.
A cobertura da Globo para a cerimônia de posse começará desde cedo, a partir das 8h20, com flashes dentro do Bom Dia Brasil, Bem Estar e Encontro. A transmissão definitiva começará às 14h30. A cobertura será feita por Renata Lo Prete, apresentadora do Jornal da Globo, e Heraldo Pereira.
A transmissão da Globo será em pool com a Globo News, canal pago de notícias do grupo Globo. Christiane Pelajo estará na cobertura. A previsão de término é às 17h. Por conta disso, a Globo alterou a programação para exibir para todo o Brasil a posse de Jair Bolsonaro.
Outras emissoras, como SBT, RecordTV, Band e RedeTV!, também vão exibir a posse de Jair Bolsonaro ao vivo. A Globo não informou oficialmente o motivo de Bonner não participar da posse.
Polêmicas com Bonner
Em agosto, na rodada de entrevista dos presidenciáveis no Jornal Nacional, Bolsonaro virou assunto nas redes sociais ao bater de frente com Bonner e Renata Vasconcelos. Quando Bonner perguntou sobre a relação de Bolsonaro o ministro Paulo Guedes, o então candidato fez uma analogia e citou o casamento do âncora da Globo.
Bolsonaro também falou sobre o valor bilionário que a Globo recebe do Governo Federal e ainda tentou mostrar um suposto livro utilizado no famigerado kit-gay e foi impedido pelos apresentadores, que pediram a Bolsonaro para não mostrar o livreto que segurava.
Depois de eleito, Bolsonaro não seguiu o que os últimos presidentes fizeram e a Globo não foi a primeira emissora que o entrevistou.
Primeiro, ele conversou com a RecordTV. Depois, falou com o SBT. Por último, foi entrevistado pela Rede Globo. Tudo isso no mesmo dia.
A conversa com Bonner e Renata foi a mais polêmica. O apresentador do JN defendeu o jornal Folha de S.Paulo. Bonner falou sobre o fato de Bolsonaro desejar que um jornal deixasse de existir. Bolsonaro respondeu citando o caso de sua funcionária, Valdelice, alvo de reportagem do jornal no início do ano.