O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, acabou se envolvendo em mais uma polêmica. Após lamentar nas redes sociais a morte de MC Reaça, seu apoiador que teria tirado a própria vida após suspeita de ter espancado uma mulher com a qual mentinha um relacionamento extraconjugal, o presidente voltou a entrar em um assunto que envolve violência contra a mulher.
Dessa vez, Jair Bolsonaro saiu em defesa de Neymar Jr., que é acusado de abuso pela modelo curitibana Najila Trindade. Primeiramente, ele disse que acreditava na inocência do jogador, após se encontrar com ele no hospital, quando Neymar se lesionou no jogo da seleção brasileira pela Copa América.
Depois, em coletiva de imprensa direto da Argentina, o presidente voltou a defender Neymar, afirmando que ele é apenas um menino. Bolsonaro ainda destacou que, após assistir a entrevista da modelo no programa de Roberto Cabrini, no SBT, onde Najila teria ido para Paris com o objetivo de ter relações com o jogador, o presidente alegou que, até o momento, tudo indica que Neymar é inocente. Também salientou que gosta do pai do jogador.
Na entrevista, o presidente ainda disse que ao visitar o jogador no hospital conversou com ele sobre amenidades e lhe deu um apoio moral.
Na quinta-feira (6) o presidente publicou uma foto ao lado de Neymar em seu Instagram, desejando pronta recuperação ao jogador.
Nos comentários da foto é possível ver várias críticas ao político pela publicação positiva feita em meio a polêmica da acusação contra o jogador.
Bolsonaro lamenta morte de MC Reaça
Dias antes de apoiar Neymar, Bolsonaro lamentou a morte de MC Reaça, nome artístico do funkeiro Tales Volpi, que compôs alguns jingles e funks em homenagem a Bolsonaro, além de criar músicas chamando o STF de "quadrilha" e xingando integrantes de movimentos feministas como "cadelas".
Tales é suspeito de ter espancado uma mulher com a qual mantinha um relacionamento fora do casamento. Ainda não está claro se a moça teria dito que estava grávida ou se ele desconfiou que isso teria acontecido. A suspeita é de que, após a agressão e achar que a mulher tinha morrido, ele teria tirado a própria vida.
Um exame Beta HCG feito no hospital em que a vítima está internada constatou que ela não está grávida, mas não se sabe ainda se ela nunca esteve grávida ou se perdeu o bebê devido à agressão.
Bolsonaro já foi processado por fala envolvendo abuso
Após uma discussão com Maria do Rosário, deputada do PT, Bolsonaro disse que não a estupraria porque ela não merecia. No dia seguinte repetiu a fala em uma entrevista, alegando que não abusaria da deputada porque ela não merecia, uma vez que era muito feia.
A declaração gerou um processo por danos morais ganho pela deputada e uma denúncia por incitação ao crime de abuso junto ao STF. Como no momento o político está como presidente, o processo não pode dar prosseguimento, pois a lei determina que o presidente não pode ser julgado por crime anterior ao mandato em exercício. Após deixar de ser presidente poderá voltar a condição de réu pela fala polêmica.