Os resultados dos exames de Jair Bolsonaro foram entregues pelo Governo ao Supremo Tribunal Federal e indicam que o presidente testou negativo para o novo coronavírus. Esses exames acabaram sendo abertos ao público nesta quarta-feira (13).
A divulgação do resultado dos exames se deu somente após o jornal O Estado de S. Paulo entrar com um pedido judicial.
O presidente não acreditava na pandemia do coronavírus. Bolsonaro já havia mencionado sobre o assunto do resultado dos exames, onde ele afirmou que os resultados haviam testado negativo, por meio de suas redes sociais.
Contudo, quando pedido a apresentação do documento, o presidente se recusava a mostrar os laudos.
Submetido à realização de 3 exames, onde a eficácia do material genético rastreia o coronavírus, o método utilizado é o PCR. Sua precisão se dá após a apresentação de sintomas nos primeiros 3 dias da doença. Diferenciando-se do teste rápido, cuja precisão do resultado depende de 10 dias de sintomas.
De acordo com a AGU, nos exames foram utilizados nomes de terceiros para a preservação da privacidade e da imagem do presidente, destacando também a segurança do mesmo. Os únicos dados utilizados de Bolsonaro foram a sua data de nascimento e o seu Cadastro de Pessoa Física (CPF).
Os documentos chegaram em envelopes lacrados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e foram fornecidos pela (AGU) Advocacia Geral da União.
Por que Bolsonaro foi submetido ao teste?
O primeiro material a ser coletado foi no dia 12 de março, no Hospital das Forças Armadas. No dia seguinte, o resultado já estava disponível.
Bolsonaro foi submetido ao exame após voltar de uma viagem oficial aos Estados Unidos.
No decorrer do mês, 23 pessoas que participaram da comitiva testaram positivo para o coronavírus.
A primeira pessoa que testou positivo foi o Secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, que durante a sua volta ao Brasil ficou isolado no avião.
Por que foi feito o segundo exame?
No dia 17 de março, Bolsonaro foi submetido a um novo exame, cinco dias após a sua primeira testagem. Isso se deu devido a ser uma parte do protocolo de segurança, para evitar que o resultado fosse um “falso positivo”, onde o vírus poderia estar no organismo da pessoa, não podendo ser detectado.
Terceiro exame
Este foi realizado no dia 18 de março, e atestou que o resultado deu negativo. Dessa vez, no entanto, o teste foi feito na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).