O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizou mais uma live, nesta quinta-feira (8), em suas redes sociais. Já é costume, neste dia da semana, o presidente conversar com os internautas a respeito de assuntos relacionados a política nacional e ações do seu Governo.

Alta dos combustíveis

Bolsonaro começou sua live falando de mais uma alta no valor dos combustíveis ocorrida nesta semana. O presidente citou preços nas refinarias, criando uma narrativa de culpar os altos preços na cadeia que leva os combustíveis até o consumidor. "Tivemos agora, há dois dias, um aumento no preço do combustível, que, obviamente, o mundo cai na minha cabeça.

Você sabe quanto custa o preço da gasolina, por exemplo, na refinaria mais perto de sua cidade? O meu querido Rio de Janeiro, o preço da gasolina custa R$ 1,90 lá na região de Caxias e é vendido, hoje, preço médio, R$ 6,20. Mais de três vezes o preço. Aí você não sabe porque que mais de dois terços do preço final da gasolina não é aquele da refinaria. E olha que a Petrobras para botar a gasolina na refinaria, ela vai muitas vezes a dez mil metros de profundidade no pré-sal, e o transporta depois até a refinaria. Tem o refino, tem esse trabalho todo e a Petrobras tem lucro ainda", disse.

Numa fala ideológica, o presidente aproveitou a oportunidade para criticar o governador do Maranhão, Flávio Dino.

Também colocando no governador a culpa do preço do combustível alto, devido à cobrança de imposto estadual. "O preço mais barato [na refinaria], acredite, é no Maranhão. Você no Maranhão, que está pagando uma gasolina altíssima [nos postos], [ela está] por volta de R$ 1,77 [nas refinarias]. No final das contas tá R$ 5,50 o preço médio no Maranhão.

É que seu governador do partido comunista mete a mão no ICMS", acusou.

Política de preço

Sem apresentar uma solução plausível para redução de preço do combustível, Bolsonaro disse que conversou com o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, para que ele crie uma política de informação sobre os valores da cadeia de produção.

"O que que eu conversei com o presidente da Petrobras anteontem, e a partir de hoje, eu pedi para ele que bote na página da Petrobras [na internet] o preço da gasolina e do diesel, em especial, na refinaria, para vocês saberem no final da linha quanto é que você está pagando", citou.

Ainda segundo Bolsonaro, uma unificação dos valores do ICMS no país poderia resultar numa redução dos preços. "Mas temos um problema, nós estamos com um projeto de lei complementar para que se cumpra uma emenda constitucional de 2001, ou seja, vinte anos. Porque diz na emenda da Constituição que o preço do ICMS deve ser um valor nominal para todo Brasil. Isso não acontece. Cada estado bota o percentual que melhor lhe convém, em cima, não do preço do combustível na refinaria, mas no preço médio, onde há inclusive a bitributação", reclamou.