O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), participou, nesta quinta-feira (8), da 58ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. O Brasil assume, a partir de agora, a liderança rotativa do bloco.

Discurso

O presidente brasileiro falou através de videoconferência, já que os líderes não se reúnem presencialmente em virtude da pandemia do coronavírus. Bolsonaro espera que em breve a situação da pandemia seja contornada. "Lamento, que ainda desta vez, não tenhamos nos encontrado presencialmente. Com avanço firme e decisivo da vacinação em massa nos próximos meses, estarei honrado em recebê-los no Brasil no final do ano.

Tenho a forte esperança de podermos celebrar durante a presidência brasileira do Mercosul, o início da superação desse período tão desafiador e sofrido para nossos países e para o mundo", disse.

Ainda de acordo com Bolsonaro, o Governo federal tem agido para que as coisas voltem à normalidade. "Meu governo está empenhado em garantir rápida e plena recuperação da economia neste momento de intensificação da imunização em massa. Os brasileiros voltam a trabalhar e a encontrar-se com plena segurança. A viver, enfim, em condições de absoluta normalidade", afirmou.

Economia brasileira

Para Bolsonaro, os índices da economia nacional têm apresentado melhora. "Com a graça de Deus, as mudanças e reformas que empreendemos no Brasil oferecem base firme para a retomada econômica, juntamente com as medidas emergenciais de garantia do ganha-pão das parcelas mais vulneráveis de nossa população.

Nossa recuperação de fato já começou, como demonstram os números mais atualizados de nossa economia", elogiou.

Em tom crítico, o presidente pede que o bloco sul-americano procure otimizar suas ações. "Estou convencido de que o Mercosul pode e deve desempenhar papel crucial nesses esforços. Precisamos para tanto transformá-lo em instrumento efetivo de promoção da liberdade e da prosperidade para nossos povos.

Não podemos deixar que o Mercosul continue a ser visto como sinônimo de ineficiência, desperdício de oportunidades e restrições comerciais, de modo a superarmos essa imagem negativa do bloco. O foco do Brasil tem privilegiado a modernização da agenda econômica do Mercosul. Persistiremos neste caminho durante o exercício da presidência [do bloco] que nos cabe até o final deste ano.

Para avançar a passos certos e seguros precisamos ter clareza de onde estamos. O semestre que se encerrou deixou de corresponder às expectativas e necessidades de modernização do Mercosul", citou.

A Argentina era quem presidia o bloco até esta semana.