O presidente Jair Bolsonaro segue na sua onda de ataques e provocações como comandante do Executivo. Nos últimos dias, a onda de investidas do presidente tem sido constante, o que tem chamado a atenção de apoiadores e críticos de Bolsonaro, que o veem atacar para todos os lados. Mais recentemente, o presidente da República teceu críticas aos ministros do STF, do TSE, mas também a um de seus aliados mais fortes, o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Bolsonaro em rota de colisão com Guedes, aponta colunista
O colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, notou uma certa provocação de Bolsonaro ao ministro Paulo Guedes. O caso ocorreu durante o discurso de posse de Ciro Nogueira, novo ministro da Casa Civil. Enquanto discursava, o novo ministro do Governo Bolsonaro apontava como necessidade lançar “um ambicioso e amplo programa social com valores ainda mais altos nos seus benefícios”.
Quando Ciro mencionou essa ampla gama de benefícios sociais, Bolsonaro fez um gesto discreto com a mão, indicando o número quatro com os dedos da mão à mostra.
O ministro da Economia, por sua vez, ficou em silêncio. O momento chamou a atenção dos parlamentares e apoiadores que acompanhavam a cerimônia de posse de Ciro Nogueira.
Segundo aponta o colunista Guilherme Amado, a indicação de Bolsonaro a Guedes foi uma espécie de provocação, apontando que não abrirá mão da ideia de elevar o Bolsa Família para R$ 400 mensais. Paulo Guedes é contra a medida que, por sua vez, é amplamente defendida pelo centrão, hoje carro-chefe do governo Bolsonaro.
Bolsonaro critica Barroso em live
As últimas horas de Bolsonaro em público não se reservaram apenas a indiretas a Paulo Guedes. Na sua live semanal, realizada nesta quinta-feira (5), o presidente voltou a tecer críticas ao sistema eleitoral brasileiro, mas também proferiu ataques ao ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Barroso mente quando diz que o voto impresso é um retrocesso. Ele parece um garoto mimado, que não pode ser contrariado", detonou Bolsonaro.
O presidente foi além, mencionando o inquérito aberto pela Polícia Federal que teria apontado uma suposta invasão ao sistema do TSE nas eleições de 2018. De acordo com Bolsonaro, as provas acabaram sendo apagadas pelo próprio TSE. Para sustentar sua tese de que as urnas não são confiáveis, Bolsonaro afirmou que o deputado federal Filipe Barros (PSL) demonstrou a fragilidade das urnas, embora não tenha se alongado sobre o tema.