Na última terça-feira (10), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), reuniu-se com o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli. O representante do país vizinho foi recebido por Bolsonaro no Palácio do Planalto, a fim de comemorar o primeiro ano de Scioli como embaixador no Brasil. Em reunião, os dois trataram de avanços da agenda bilateral entre os dois países.

Pelas redes sociais, Bolsonaro apareceu em foto acendendo uma vela de um pequeno bolo que celebrava o primeiro ano de Scioli na sua função no Brasil. Crítico ferrenho do atual presidente da Argentina, Bolsonaro não elevou nas palavras e garantiu que a rivalidade dos países fica apenas no âmbito do futebol.

"Nós torcemos muito pela Argentina. Conte com a nossa boa vontade. Rivalidade apenas no futebol. Vamos fazer de tudo para que a crise seja superada", disse Bolsonaro, referindo-se à pandemia do coronavírus e a crise econômica desencadeada pela propagação da doença.

Logo em seguida, o presidente da República foi além e, mesmo após constantes ataques ao atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, certificou que o governo brasileiro é um aliado do atual chefe do Executivo argentino. "O que mais interessa hoje é, parabéns, felicidades. E nosso compromisso ao governo argentino", destacou o presidente brasileiro na celebração.

Vale destacar que, além da comemoração de um ano à frente da embaixada argentina como representante de Fernández no Brasil, Scioli agradeceu pessoalmente ao governo brasileiro pela ajuda nas negociações envolvendo o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Segundo Bolsonaro, em resposta, o Brasil sempre fará de tudo para ajudar a superar a atual crise vivida.

Críticas recentes à Argentina

Apesar do comportamento diplomático de Bolsonaro ao lado de Scioli, o presidente do Brasil costuma subir o tom ao conversar com apoiadores sobre as políticas lideradas pelo presidente Fernández na Argentina.

Há menos de duas semanas, Bolsonaro disparou críticas ao atual chefe do Executivo argentino.

Em referência à aprovação da taxação de grandes fortunas no país vizinho, Bolsonaro desferiu críticas e não poupou nas palavras. Na visão do presidente do Brasil, "a volta da esquerda ao poder" faz com que a elite econômica do país deixe a Argentina, e, ainda de acordo com o chefe do Executivo brasileiro, "daqui a pouco, sai a classe média e depois os pobres, como na Venezuela“.