Na primeira semana do ano, os preços dos combustíveis nos postos de gasolina do país aumentaram e ultrapassaram novamente a marca de R$ 5. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina subiu de R$ 4,96 para R$ 5,12 na semana de 1 a 7 de janeiro, representando uma alta de 3,23%. O litro mais caro encontrado pela ANP foi de R$ 7,79.

O litro do etanol hidratado também teve aumento, passando de R$ 3,87 para R$ 4,01 na última semana, o que corresponde a uma alta de 3,62%.

O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$ 6,37. Já o preço médio do diesel subiu de R$ 6,25 para R$ 6,41 o litro, uma alta de 2,56%. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 7,95.

A forte alta dos preços dos combustíveis nesta semana levou o Ministério da Justiça a solicitar explicações aos postos de gasolina. A notificação foi feita através da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que irá analisar as respostas e, se necessário, tomar as medidas cabíveis. De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, o livre mercado não significa "liberação geral" na definição de preços dos combustíveis, segundo a Agência Brasil.

No dia de sua posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que prorroga, por 60 dias, a isenção de tributos federais sobre a gasolina e o etanol, e até o final do ano para o diesel.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a medida serve para dar tempo à nova diretoria da Petrobras para assumir e definir, com calma, uma nova política de preços para os combustíveis, que possa "suavizar" o aumento de preços esperado com a retomada da tributação.

O aumento dos preços dos combustíveis é uma preocupação para muitos brasileiros, já que o país depende fortemente do transporte rodoviário para o escoamento da produção e para o transporte de pessoas. O alto custo dos combustíveis tem um impacto direto no custo de produção de bens e serviços e também no orçamento familiar.