António Gutérres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), denunciou a "destruição" resultante da invasão russa na Ucrânia durante uma sessão do Conselho de Segurança presidida por Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia. Gutérres alertou para os perigos de um conflito acidental ou erro de cálculo e fez um apelo aos membros do Conselho de Segurança, especialmente os membros permanentes, para que fortaleçam o multilateralismo em vez de contribuírem para sua fragmentação. Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos na ONU, também solicitou a Lavrov a libertação de um jornalista americano e de um ex-fuzileiro naval detidos na Rússia, alegando que a Rússia está usando pessoas como "fichas políticas" em suas jogadas.

O jornalista americano Evan Gershkovich foi detido na Rússia no mês passado e formalmente acusado de espionagem, enquanto o ex-militar americano Paul Whelan foi condenado por espionar para os Estados Unidos em 2020. Thomas-Greenfield instou Lavrov a libertar ambos imediatamente, destacando que o uso de pessoas como peões é uma tática de fraqueza e não é compatível com a responsabilidade de um país. A embaixadora também pediu a Lavrov para olhar nos olhos da irmã de Whelan e ver o sofrimento causado por essa situação.

Sobre o conflito

A guerra Rússia-Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, é um conflito armado entre os dois países vizinhos, motivado por questões geopolíticas, territoriais e culturais.

A Rússia invadiu a Ucrânia por terra, pelo ar e pelo mar, alegando defender os interesses dos ucranianos de origem russa que vivem nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. A Ucrânia, que buscava uma maior aproximação com a Otan e a União Europeia, resistiu à invasão e recebeu o apoio de vários países ocidentais. A guerra causou milhares de mortes, feridos e refugiados, além de sanções econômicas contra a Rússia.