O Governo planeja lançar, em cerimônia na tarde desta segunda-feira (5), dois programas desenvolvidos pela equipe econômica. Segundo o ministro Rui Costa (Casa Civil), um dos programas, chamado Desenrola, tem como objetivo conceder perdão de dívidas de até R$ 100. O outro programa consiste em medidas para reduzir os custos de carros populares.

No caso das medidas para redução dos preços dos automóveis, ficou decidido pelo governo que haverá uma reoneração parcial do diesel para compensar as perdas na arrecadação ocasionadas pelo programa. A intenção é minimizar o impacto do aumento dos tributos no preço dos combustíveis.

Durante uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros Rui Costa e Fernando Haddad (Fazenda), o presidente Lula (PT) aprovou os detalhes dessas iniciativas.

Dúvidas sobre como a forma de compensação irá acontecer

Havia dúvidas sobre a forma de compensação aos cofres públicos, mas essa questão foi resolvida durante a reunião mencionada. Embora a reoneração parcial do diesel tenha enfrentado resistência na equipe devido ao possível aumento dos custos para os caminhoneiros e o impacto na inflação, o governo optou por implementá-la. Isso ocorre em um momento em que se espera uma redução dos preços e cortes na taxa de juros pelo Banco Central, atualmente em 13,75% ao ano. Com o intuito de viabilizar as medidas com menor impacto para o consumidor, o governo optou pela reoneração parcial do diesel.

Segundo o ministro Rui Costa, a ideia é que o programa de redução dos custos dos automóveis tenha validade por quatro meses, diferente da proposta inicial de um ano. Conforme afirmou Rui Costa, o presidente decidiria nesta segunda os detalhes para assegurar a implementação do programa. Ele ressaltou que o programa proporcionará um alívio para a indústria automobilística até que a taxa de juros inicie sua queda no país.

O ministro também ressaltou que houve um aumento na busca por carros pagos à vista, mas as altas taxas de juros resultaram em uma redução nos financiamentos, o que consequentemente diminuiu o número total de vendas.

Programa Desenrola

Segundo informações apuradas pela GloboNews, somente os bancos serão obrigados a retirar as restrições dos consumidores com dívidas de até R$ 100 para que possam participar do programa.

No entanto, varejistas e empresas de serviços públicos, como água e luz, que possuem a maior parte das dívidas negativadas no país, não serão obrigados a conceder o perdão.

Rui Costa explicou que a proposta é perdoar dívidas de até R$ 100, desde que os credores optem por participar do programa. Ele enfatizou que a adesão é opcional e os credores que decidirem participar deverão perdoar dívidas de até R$ 100, tendo direito a acessar um fundo garantidor para receber outras dívidas com desconto.